A Globo vai deixar de ganhar cerca de R$ 1 bilhão no próximo ano. Pela primeira vez em décadas, grandes eventos não serão exibidos, e negociados com o mercado publicitário, o que implica neste montante.
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Segundo o colunista Ricardo Feltrin, do UOL, a lista conta com o fim do contrato entre a emissora e a Fórmula 1; a não-renovação para as corridas do próximo ano já está confirmada.
O acordo para divulgar as corridas rendia ao grupo cerca de R$ 500 milhões anuais, a partir da venda de cotas em publicidade. Esse valor não vale apenas para as partidas transmitidas aos domingos, como também para toda e qualquer inserção sobre o esporte dentro da programação da TV e seus demais veículos.
Apesar de ter que fazer descontos para pagar pela exclusividade, e outros acertos envolvendo as agências de publicidade, sobrariam ainda cerca de R$ 150 milhões líquidos para a empresa, que não deixa de ser uma verdadeira fortuna.
Outra falta será a perda da transmissão da Libertadores da América, que agora migrou para o SBT. No campo do futebol, o canal dos Marinho já havia aberto mão do estadual do Rio e também está ameaçado de perder os campeonatos de outras praças.
O saldo bruto da Libertadores seguia em torno de US$ 60 milhões bruto (cerca de R$ 300 milhões). Seguindo a mesma lógica da F1, a Globo faz alguns descontos e fica com o que sobra para si.
Com a pandemia do coronavírus, os Carnavais do Rio e São Paulo também não irão acontecer. Pelo menos no início do ano, ou seja, mais prejuízo para a Globo, em cifras que beiram a casa dos R$ 200 milhões.
Procurada pela publicação, a Globo disse que não comenta valores de suas negociações comerciais, porém, achou importante salientar que irá brigar pelos seus direitos em casos de quebras de contrato (Campeonato Carioca) e se adequará aos eventos cancelados devido à pandemia. No comunicado, garantiu ainda que seguirá acompanhando a cobertura da Fórmula 1, mesmo não transmitindo as corridas.
“O mundo está vivendo um dos seus momentos mais desafiadores, inclusive no campo econômico. Isso tem obrigado as empresas dos mais variados mercados e setores a reverem seus custos e acordos. Esta não é uma realidade exclusiva do Brasil nem mesmo da Globo; ocorre também com outros players e em outros mercados, todos impelidos a buscar uma revisão de seus compromissos, adequando-os a este novo momento“, concluiu o comunicado.
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