Na política, o grande assunto de terça-feira (22) foi a decisão do Superior Tribunal de Justiça, que por 4 votos a 1 determinou o pagamento de uma indenização por parte do ex-procurador Deltan Dallagnol ao ex-presidente Lula (PT). Na TV, a Globo falou sobre o assunto, a Band leu nota e a Record fingiu demência.
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O Jornal Nacional colocou o assunto na pauta na escalada e exibiu uma reportagem de três minutos, onde explicou o caso minuciosamente para o público da Globo.
O Jornal da Band, por meio do âncora Eduardo Oinegue, leu uma nota de 20 segundos sobre a questão e passou para a matéria seguinte.
O Jornal da Record surpreendeu e não tocou no assunto em nenhum momento da edição de ontem. Ao contrário do que fez em 2016, quando o PowerPoint de Deltan Dallagnol, que provocou o processo, tomou conta de pouco mais de seis minutos do telejornal, segundo o UOL.
Na época, o Jornal da Band fez muito mais e dedicou nada mais que 13 minutos da sua edição. O Jornal Nacional, por sua vez, repercutiu o assunto ao longo de quase dez minutos.
Globo repercute decisão favorável a Lula
Pela Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), os ministros ordenaram o pagamento de indenização por parte de Dallagnol a Lula por dano moral, no valor de R$ 75 mil.
A maioria dos ministros seguiu o voto do relator, Luís Felipe Salomão. “Essa espetacularização do episódio não é compatível nem com o que foi objeto da denúncia e nem parece compatível com a seriedade que se exige da apuração desses fatos”, disse o ministro.
Para Salomão, Deltan “usou expressões desabonadoras da honra e imagem, e a meu ver não técnicas, como aquelas apresentadas na própria denúncia. Se valeu de PowerPoint, que se compunha de diversos círculos, identificados por palavras. As palavras, conforme se observa, se afastavam da nomenclatura típica do direito penal e processual penal”.
