Globo quer evitar crise com o agronegócio e dá ordem envolvendo Renascer

Renascer

Globo envolve Renascer em regra para evitar crise política; canal aposta em diálogo popular em novo remake (Imagem: Reprodução / Globo)

Na versão de Renascer produzida em 1993 pela Globo, o autor Benedito Ruy Barbosa desceu a lenha nos latifundiários da criação de cacau, no interior da Bahia, onde a história é ambientada. Na nova versão, o escritor Bruno Luperi tem a missão de reduzir o tom das críticas.

Naquela época, as pautas sociais e políticas eram materializadas através de diálogos e sermões do padre Lívio. O papel vivido por Jackson Costa peregrinava pela região com o discurso progressista.

Entre os temas que falava, a precariedade da saúde, os problemas com a educação, a sonegação de impostos e a corrupção na política. O sacerdote citava ainda a pobreza e a desigualdade em relação aos donos de terras.

Renascer deve seguir a cartilha do remake de Pantanal

Assim como em Pantanal (2022), os temas políticos e discussões mais delicados serão menores. Tudo em nome de uma imagem melhor do agronegócio e dos fazendeiros no país. Empresas investidoras na área estão entre as maiores patrocinadoras da TV, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo.

Ao mesmo tempo, a Globo não descartou a linguagem mais popular. Trata-se de uma exigência de Amauri Soares, novo chefão da emissora carioca. Aprofundar em questões políticas atrapalharia o desejo do diretor.

Renascer ganhou uma pré-produção de peso, elenco de primeiro escalão e gravações em outubro. Marcos Palmeira, Juliana Paes, Sophie Charlotte, Juan Paiva e Theresa Fonseca estão confirmados entre os papéis principais.

Paulo Carvalho
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Paulo Carvalho

Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].