A drag queen Gloria Groove usou o seu perfil no Twitter para fazer um desabafo sobre as categorias que pessoas como ela e Pabllo Vittar, que são homens, costumam ser indicadas nas premiações em geral.
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Na ocasião, ela disse que gostaria que começassem a colocá-las nas categorias masculinas, como de Melhor Cantor, disputando com artistas homens em vez de mulheres, como costuma acontecer atualmente.
“Meu sonho que comecem a incluir drags do mercado musical nas listas, rankings e indicações nas categorias masculinas! A falta de discernimento leva o público a uma leitura confusa de que drag queens também ocupam tais posições femininas, e a gente precisa falar mais sobre isso”, iniciou.
“Se por um lado o que nos destaca de outros homens da indústria é justamente o experimento com expressões de gênero, por outro lado a proposta drag queen é justamente sobre botar em cheque a suposta harmonia que deveria haver entre gênero mais orientação e mais expressão… né?”, questionou.
“Em resumo: Ainda mais transgressor do que estarmos ocupando espaços improváveis, vai ser quando as estruturas da indústria também levarem em consideração diversas expressões de gênero”, completou.
Questionada sobre se apresentar como mulher, ela discordou: “Eu não me apresento como mulher. Eu me apresento como Gloria Groove. Cabelo, figurino, maquiagem… nada disso define uma mulher. Drag é sobre isso, e não sobre estarmos todas brincando de catfish”.
“Drag é expressão de ARTE, e não de gênero. neste caso eu penso que a suposição de que drags buscam validação como mulheres, é na verdade uma impressão equivocada, porque não prevê que a montação tem raiz puramente experimental”, explicou.
“Eu sou o Daniel e que lindos vestidos, cabelos compridos e um pseudônimo não mudam quem você é… saca? Na minha cabeça é uma medida que faz todo sentido pra pelo menos abrir a discussão”, exemplificou.
Confira:
se por um lado o que nos destaca de outros homens da indústria é justamente o experimento com expressões de gênero, por outro lado a proposta drag queen é justamente sobre botar em cheque a suposta harmonia que deveria haver entre gênero + orientação + expressão… né?
— Gloria Groove (@gloriagroove) May 28, 2020
em resumo: ainda mais transgressor do que estarmos ocupando espaços improváveis, vai ser quando as estruturas da indústria também levarem em consideração diversas expressões de gênero.
— Gloria Groove (@gloriagroove) May 28, 2020
é aí que tá. eu não me apresento como mulher. eu me apresento como Gloria Groove. cabelo, figurino, maquiagem… nada disso define uma mulher. Drag é sobre isso, e não sobre estarmos todas brincando de catfish, entende?
— Gloria Groove (@gloriagroove) May 28, 2020
então Carlos, mas sabemos que: drag é expressão de ARTE, e não de gênero. neste caso eu penso que a suposição de que drags buscam validação como mulheres, é na verdade uma impressão equivocada, pq não prevê que a montação tem raiz puramente experimental
— Gloria Groove (@gloriagroove) May 28, 2020
Então Edi, como eu vejo é: não reforça separação alguma baby, apenas reafirma que eu sou o Daniel e que lindos vestidos, cabelos compridos e um pseudônimo não mudam quem você é… saca? Na minha cabeça é uma medida que faz todo sentido pra pelo menos abrir a discussão
— Gloria Groove (@gloriagroove) May 28, 2020
Redator Publicitário e Gestor de Marcas. Formado em Comunicação Social pela UFRN, escreve desde 2011 sobre o universo televisivo, séries, filmes e novas mídias de forma conectada com as tendências da atualidade.