Gloria Perez reprova novo modelo de gravação das novelas da Globo na pandemia

Gloria Perez se pronuncia sobre situação (Imagem: Reprodução / Globo)

Gloria Perez é autora de várias novelas de sucesso na Globo, mas não viu com bons olhos a estratégia de levar ao ar novelas completamente gravadas, conforme está acontecendo neste ano, por conta da pandemia.

Foi assim que aconteceu com Nos Tempos do Imperador e é assim que será Um Lugar ao Sol, a próxima novela das nove. Durante uma live em seu perfil no Instagram, ela apontou algumas falhas nessa metodologia.

Todavia, a dramaturga ponderou ao admitir que essa foi uma atitude emergencial:

“Eu acho que novela fechada não é mais novela. A característica básica é ser obra aberta, esse grande diálogo com o público. Eu acredito que isso foi por causa do vírus, mas não acredito que isso permaneça”.

“Você escrever 180 capítulos sem poder mudar nada, não dá pra voltar pra trás. É muito difícil“, completou a autora, na live realizada com o jornalista Luis Erlanger, que está disponível em seu perfil no Instagram.

Afastada desde A Força do Querer (2017), segundo a colunista Cristina Padiglione, Gloria Perez deve voltar ao horário nobre após Olho Por Olho, de João Emanuel Carneiro, folhetim programado para depois de Pantanal, em 2022.

Glória passou um ano auxiliando Silvio de Abreu – que foi demitido em março – na coordenação de novas séries produzidas na casa.

Inclusive, ela já está trabalhando em um novo enredo, que prevê um núcleo em Portugal, conforme adiantado por ela ao RD1.

Em uma reunião realizada no último dia 3, o novo diretor de Entretenimento da Globo, Ricardo Waddington, confirmou a fila de autores da faixa das nove, e autorizou Glória a realizar parte fora do país da trama, acreditando que até lá já será possível fazer viagens.

Com 71 anos, Perez escreveu sua primeira novela na Globo há pouco mais de três décadas.

De lá para cá, conquistou um Emmy Internacional, até então inédito (com Caminho das Índias, em 2009), e abordou diversas pautas polêmicas como doação de órgãos, crianças desaparecidas, clonagem de humanos e imigração ilegal.

Recentemente, em entrevista à revista Veja Rio, a global falou sobre levar essas pautas para telas:

Não que elas devam fazer isso, mas novelas podem, sim, ir além do entretenimento. Ali, um assunto ganha visibilidade e passa a ser discutido por todo o país. Às vezes nascem soluções, dissolvem-se preconceitos. Por que não fazer uso dessa possibilidade? Mas essas campanhas só são bem-sucedidas quando a novela vai bem”.

Ao falar sobre o cenário atual da pandemia, a escritora falou que, até então, não está afetando na sua rotina de trabalho, mas que a criatividade tem ajudado os outros profissionais da área.

Para mim, não muda nada. Como minha novela vai ao ar em 2022, o que me foi pedido é que escrevesse  considerando um cenário onde a Covid-19 já será passado. Para os autores que estão gravando, tem sido desafiador. Mas nada que a experiência e a criatividade não consigam contornar”, destacou.

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