Há 25 anos, Gorete Milagres apresentou ao Brasil, em A Praça é Nossa, sua mais conhecida personagem: a doméstica Filomena, carinhosamente apelidada de Filó, que na época se tornou um fenômeno e chegou a ganhar um programa próprio. Aos 57 anos, ela revelou rejeitar, em entrevista à coluna de Patrícia Kogut, do jornal O Globo, a pecha de “atriz-de-uma-personagem-só” e avisou que durante a quarenta iniciou novos projetos.
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“[Tive] uma quarentena bastante produtiva. Gravei vídeos com outras pessoas, fiz o projeto Eu e Eles, com histórias dos meus pais”, contou a dona da personagem que ficou famosa pelo bordão “Ô Coitado!”.
A atriz de Reflexões de um Liquidificador (2010) está prestes a produzir uma nova dramédia. “Sobre uma mulher de 50 anos que mora sozinha e se apaixona pelo seu vibrador”, adiantou.
Filomena, porém, segue indissociável da atriz e Gorete planeja retomar o espetáculo em comemoração aos 25 anos da personagem: “Tenho que trazer o contexto da pandemia. Filomena foi dispensada por muitos patrões, outros pagaram seu salário até certo ponto. Provavelmente recebeu o auxílio-emergencial. Foi um período bem intenso para ela”.
Ela mencionou seus relatos sobre abuso e agressões que viveu dentro dos bastidores da TV: “Senti-me muito mal. Mas, depois, foi como se tivesse exorcizado aquela dor. Perdoei as pessoas que me fizeram mal e desejo tudo de bom para elas, mas o mal que me fizeram refletiu demais na minha vida”.
