O presidente Jair Bolsonaro (PL) reuniu os seus auxiliares visando uma nova guerra com a Globo. O atual mandatário do país viu com bons olhos uma questão envolvendo a emissora e a Ancine, órgão ligado ao Ministério do Turismo.
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Segundo informações publicadas pela revista Veja, a Ancine notificou a TV líder de audiência no país sobre uma dívida de R$ 5.962 em decorrência de “ausência de recolhimento de contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional”.
O órgão ressaltou que, “para obtenção do valor consolidado do débito tributário, esta Superintendência de Fiscalização e Combate à Pirataria levou em consideração o prazo legal de dez dias para pagamento da Condecine, a contar da data de solicitação do registro”.
O Governo Bolsonaro deu um prazo para o pagamento do débito, via Ancine, e não descartou uma briga judicial com a Globo. A empresa entrará na Dívida Ativa da União e “medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis” serão adotadas, de acordo com o edital divulgado.
Globo supera boicote milionário de Jair Bolsonaro
Em 2021, segundo dados da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, a Secom, a Globo conseguiu R$ 65,5 milhões em verba publicitária do governo de Jair Bolsonaro, e assim roubou o primeiro lugar da Record, a TV mais querida de Bolsonaro, que ficou com R$ 53,9 milhões do bolo.
Em 2020, a emissora do bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal, obteve R$ 59,2 milhões da verba disponibilizada pelo governo, enquanto a empresa da família Marinho pegou R$ 51,9 milhões.
No ano passado, a Globo ficou com R$ 57.564.057, enquanto as afiliadas celebraram R$ 4.540.270 do bolo. Principal canal de notícias do país, a GloboNews recebeu R$ 2.017.077 da verba.
O canal Viva (R$ 444.326), o Multishow (R$ 214.440), a Universal (R$ 211.649), os canais SporTV (R$ 151.854), o Megapix (R$ 149.643), o Gloob (R$ 122.017) e o GNT (R$ 107.627) fecharam a lista do grupo de comunicação mais forte da América Latina.
