Depois que o governo de Jair Bolsonaro (PL) confirmou a criação de um canal de TV ligado ao Ministério da Educação, o Palácio do Planalto colocou uma meta para 2022: gastos de até R$ 200 milhões na ampliação da rede pública de emissoras estaduais.
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Há pouco, auxiliares do Chefe do Executivo fecharam um acordo com a Rede Minas e, segundo o jornalista Ricardo Feltrin, do UOL, com a possibilidade de que o mesmo aconteça em outras localidades, como Amazonas, Alagoas e Pará.
Uma parceria com a TV Cultura, com sede em São Paulo, não entrou na lista das beneficiárias.
O motivo? A ligação da emissora com o governo de São Paulo, administrado por João Doria, do PSDB, um dos principais rivais políticos de Bolsonaro.
Bolsonaro coloca dinheiro na Globo
Por meio da Secretaria Especial de Comunicação, a Secom, o Governo Bolsonaro deu a maior fatia das verbas publicitárias para a emissora líder e principal inimiga do presidente.
A TV da família Marinho colocou no bolso R$ 54 milhões. No ano passado, a Globo obteve R$ 50 milhões. Em 2019, o número foi de “apenas” R$ 33,3 milhões.
Para desespero dos eleitores do “capitão”, as emissoras religiosas perderam espaço na fatia. Em 2019, o valor foi de R$ 3,8 milhões, caiu para R$ 3,2 milhões em 2020 e, em 2021, sofreu uma nova queda, desta vez para apenas R$ 1,1 milhão.
Religiosos “apaixonados” por Bolsonaro
Desde o ano da eleição, Bolsonaro se aproximou de vários líderes religiosos. Vários deles conquistaram mais espaço não só na TV, mas principalmente dentro do governo.
Desde 2019, ao todo 67 concessões de TV aberta digital foram feitas para entidades religiosas. Canais católicos e evangélicos conquistaram 40% de todas as 166 concessões fornecidas pelo governo, de acordo com o Estadão.
A Igreja Evangélica, cabo eleitoral do presidente, conquistou seis concessões: Igreja Batista da Lagoinha, TV Novo Tempo (Adventista), Assembleia de Deus Amazonas e Rede Mundial.
