Inimiga declarada do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a Globo tem observado os seus contratados sofrerem uma perseguição da Receita Federal nos últimos tempos. Sob o comando do político, o órgão tem feito uma devassa nos contratos de vários nomes da emissora carioca e até dos seus familiares.
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De acordo com a coluna Radar, da Veja, a Receita ampliou a devassa para as empresas dos artistas e está vasculhando também os bens de família. Além disso, depois de aplicar multas milionárias a atores e jornalistas por causa dos contratos “PJ” com a Globo, o órgão também tem atacado escritores e diretores.
A publicação informou ainda que só uma atriz, por exemplo, levou um tombo de R$ 10 milhões de reais. As fiscalizações contra os profissionais do canal seguem o mesmo roteiro, desde o ano passado, quando o Leão começou a mirar nos globais.
Em janeiro de 2020, cabe lembrar, a coluna Radar, da revista Veja, revelou as investigações e que o órgão do governo federal já havia notificado 30 artistas; Deborah Secco e Reynaldo Gianecchini constavam na lista.
Segundo o advogado tributarista, que defende os 43 artistas da Globo, Leonardo Antonelli garantiu que tenta arquivar as intimações e evitar a cobrança de imposto retroativo.
“O que a relação de emprego com a Globo tem a ver com o patrimônio adquirido ao longo de anos pelos atores e seus familiares?”, questionou o advogado, que defende alguns globais, para o colunista.
No ano passado, a emissora carioca chegou a emitir nota e defendeu que todas as suas formas de contratação estão dentro da lei. “Todas as formas de contratação praticadas pela Globo estão dentro da lei. Assim como qualquer empresa, a Globo e as empresas que lhe prestam serviços são passíveis de fiscalizações, tendo garantido por lei também o direto de questionar, em sua defesa, possíveis cobranças indevidas”, disparou o canal.
