Governo de Bolsonaro analisa dívida de igrejas evangélicas com Receita Federal

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Na gestão de Jair Bolsonaro, igrejas evangélicas foram beneficiadas; agora, Receita Federal quer acertar contas (Imagem: Reprodução / Globo)

A Receita Federal está de olho nas dívidas que as igrejas evangélicas estão cultivando com o Leão. De acordo com a revista Veja, os centros religiosos estão se queixando das questões tributárias que o Governo Federal, hoje nas mãos de Jair Bolsonaro, vem tratando de cobrar.

Os pastores que estão na mira dos tributos precisam recolher taxas como a do INSS de seus funcionários; alguns templos religiosos são empregadores de dezenas de pessoas em funções como segurança ou eletricista.

Isentas de impostos, as igrejas evangélicas não cumprem as leis e acumulam uma dívida que supera os R$ 420 milhões, de acordo com levantamento da Veja feito com base em uma lista de devedores da União.

Tal listagem foi disponibilizada pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e traz no topo a Igreja Internacional da Graça de Deus, do pastos Romildo Ribeiro Soares, com quase 3 mil templos espalhados pelo Brasil e por mais onze países.

Este apoio religioso fez com que Bolsonaro tivesse um grande êxito nas urnas. Isso tudo em troca de um grande lobby na forma de “abatimento” tributário com a chegada do político ao Planalto.

O “abatimento” teve aceno do presidente para as igrejas, que tiveram um alívio junto ao Fisco, como o aumento para 4,8 milhões de reais do teto para que estas “empresas” deixem de pagar por suas movimentações financeiras diárias.

A medida beneficiou diretamente as igrejas que passaram a não prestar contas à Receita Federal sobre suas finanças. Bolsonaro ainda acenou com a isenção do pagamento de energia elétrica por parte dos templos.

Em seus primeiros dias no cargo de presidente, em 2020, Jair Bolsonaro recebeu o pastor R.R. Soares, com integrantes da bancada religiosa que incluía o filho do pastor, o deputado David Soares (DEM-SP).

Posteriormente, Bolsonaro esteve com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para viabilizar o estudo de desonerar os templos da cobrança de energia elétrica. A resposta da equipe de Governo, no entanto, foi negativa.

Outro líder religioso que busca isenção tributária é Valdemiro Santiago, líder da Igreja Mundial do Reino de Deus. O pastor aparece no sistema do Fisco devendo R$ 6,1 milhões em impostos. A igreja ainda está em destaque no ranking das que estão na mira do Fisco, com 85,9 milhões de reais em dívidas.

Ainda há, na mira ao Leão, a gravadora gospel de Silas Malafaia, com uma dívida de R$ 1,2 milhão em impostos devidos. Vale ressaltar que estes nomes citados pela matéria da Veja estão sempre marcando presença em canais de televisão com horários comprados em TVs abertas.

Band, RedeTV!, Gazeta e demais emissoras menores promovem a venda de horários em sua programação para nomes como os dos pastores RR Soares, Valdemiro Santiago e Silas Malafaia.

Da Redação
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