Leonel Diaz é o nome do jovem que foi apontado por Rodrigo Bocardi, no Bom Dia São Paulo da última sexta-feira (7), como um pegador de bolinhas de tênis do Esporte Clube de Pinheiros. O rapaz na verdade é um dos mais promissores atletas recém-chegados à categoria adulta de polo aquático.
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Cubano, o talento de Leonel vem de berço: ele é sobrinho de um dos grandes atletas da modalidade do país. Trata-se de Bárbaro Diaz. Na quinta-feira (7), o garoto comemorou 18 anos, sendo sete deles no Brasil. Ele mora com a mãe e um irmão.
Desde a sua chegada ao país ele veste a camisa do Esporte Clube Pinheiros. Foi influenciado pelo tio, atleta olímpico nos anos 80 e 90 e treinador desde 1994, que ele tomou a decisão de investir no esporte. Antes do polo, ele praticava triatlo em Havana.
No primeiro ano na categoria adulta, levou para casa o título do Campeonato Paulista e da Liga Nacional de Polo Aquático (PAB). As informações são do jornalista Demétrio Vecchioli, do UOL.
Com todo esse currículo e influência, o rapaz foi vítima de um episódio polêmico promovido por Rodrigo Bocardi no Bom Dia SP, que pensou que ele era um pegador de bolinhas de tênis. O ato foi considerado racista pelo público.
Procurada pelo jornalista, a CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) disse que “em sua essência olímpica e em seu estatuto, a CBDA é aberta democraticamente para que todas classes, gêneros e raças pratiquem e se desenvolvam nos cinco esportes administrados pela entidade”. O clube proibiu Leonel de dar entrevistas e disse que não vai se pronunciar.
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].