Antonia Fontenelle decidiu abrir o jogo após ter sido intimada a prestar depoimento em delegacia no Rio de Janeiro em um inquérito que apura o suposto crime de preconceito contra nordestinos. O procedimento foi aberto pela Polícia Civil da Paraíba após ela se pronunciar sobre o caso do DJ Ivis.
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“A imprensa inteira me procurou querendo saber desse inquérito que eu vou depor, que o pessoal da Paraíba resolveu imputar um crime racial em mim. Estão fazendo sensacionalismo com o meu nome, politicagem, sei lá o que é”, iniciou ela em entrevista ao Já é Podcast, do YouTube, nesta semana.
A famosa seguiu: “Não vou ter medo, porque contra fatos não há argumentos. Se tem uma coisa que eu não sou é homofóbica, misógina, racista. Tive dois maridos negros, tenho um filho negro, sabe? Noventa e oito porcento dos meus amigos são gays. Então, pode falar o que quiser”.
A apresentadora e dona do canal Na Lata, do YouTube, será ouvida na manhã da próxima sexta-feira (20), pelo delegado Leandro Gontijo de Siqueira Alves.
O procedimento foi aberto após a artista chamar o músico de “paraíba”. Ao ser criticada por causa disso, a apresentadora disse ser uma “expressão” para quando alguém faz “paraibada”.
A treta aconteceu quando ela decidiu se posicionar sobre as agressões do DJ Ivis, contra a ex-mulher Pamella Holanda, no mês passado. Os vídeos das sessões de violência foram divulgados nas redes sociais da influencer no dia 11 de julho.
No dia seguinte, Antonia Fontenelle publicou a mensagem: “Esses ‘paraíbas’ fazem um pouquinho de sucesso e acham que podem tudo. Amanhã vou contatar as autoridades do Ceará para entender porque esse cretino não foi preso”.
O termo preconceituoso provocou a revolta de artistas, cantores, famosos e páginas. A campeã do BBB 2021, Juliette Freire, que é paraibana, foi uma das que criticaram a loira. Após o “cancelamento”, a viúva de Marcos Paulo se defendeu em seu canal no YouTube.
“Esse bando de desocupado aí da máfia digital que não tem nada o que fazer. Se juntaram para agora me acusar de xenofobia. De novo? Não cola! Já tentaram me acusar de xenofobia. (…) Porque eu falei ‘esses paraíbas’ quando começam a ganhar um pouquinho de dinheiro acham que podem tudo. ‘Paraíba’ eu me refiro a quem faz ‘paraibada’, pode ser ele sulista, pode ser ele nordestino, pode ser ele o que for. Se fizer paraibada, é uma força de expressão”, declarou ela, na época, em um vídeo.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]