Muito lembrado pelo triste episódio do sequestro em 1998, Welington Camargo, irmão de Zezé Di Camargo e Luciano que passou 94 dias em um cativeiro e teve uma parte de sua orelha cortada em meio à negociação finalizada em mais de meio milhão de reais, desabafou sobre como o acontecimento mudou a sua vida.
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Em conversa com a Quem, o cantor falou sobre o sucesso do irmãos e sobre a visibilidade que a família possuía por causa deles. “A gente achou que fosse ser um sucesso médio no Brasil, mas passou os limites da América Latina. Nossa vida mudou da água para o vinho com o sucesso de É o Amor. Com o estouro da dupla, a gente teve que mudar de um dia para outro para outra casa porque era tanta gente querendo conhecer um pouco da família deles, que a gente não tinha tranquilidade. Tinha gente na nossa casa a toda hora”, relembrou.
“Na minha vida o impacto foi que contribuiu muito para a minha carreira, por outro lado, teve o sequestro e tive que me reservar mais. Passei a andar com segurança armado e hoje moro em condomínio fechado”, explicou Weligton, que é cantor gospel.
“Ninguém sabe aonde eu moro, só família. Preservo meus filhos também. Não tem como esconder, mas procuro evitar pelo que aconteceu comigo. Sou uma pessoa que ama estar no meio do povo, mas tenho que me privar de algumas coisas por causa dessa experiência”, revelou o artista, que é pai de quatro filhos.
Com muita fé, o irmão de Zezé e Luciano contou como foi sobreviver ao sequestro que chorou o Brasil: “Não precisei de psicólogo depois do sequestro porque sempre acreditei e conversei muito com Deus. Durante o sequestro, orei muito e tinha resposta em sonhos. Deus me dizia que eu sairia de lá. Eu tinha de tudo para morrer ali”.
“Geralmente, em sequestros longos como o meu, as vítimas são assassinadas. No dia em que eles cortaram a minha orelha, a intenção deles era me matar. Eu escutava eles conversando se deviam me enforcar, dar um tiro… Mas não tive medo de morrer porque Deus falou que ia ficar tudo bem”, contou.
“As pessoas acham uma loucura, mas enquanto cortavam a minha orelha, eu vi anjos. Fiquei ali estático e olhando. Nem senti dor. Deus viu que ia acontecer algo com um servo dele, mandou os anjos para me guardar”, disse Camargo.
“Até o corte foi superficial. Fiquei por alguns dias surdo do ouvido esquerdo porque o sangue tinha secado, mas assim que removeram, voltei a ouvir normal. Depois que Deus deu o filho dele, Jesus, para morrer por mim na cruz, esse foi o momento que mais senti o amor de Deus”, pontuou.
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