Longe da realidade, o principal telejornal da Record minimizou a prisão de Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), sobrinho de Edir Macedo, dono do canal e da Igreja Universal. Em defesa do parente do dono, o Jornal da Record falou em perseguição política.
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Christina Lemos citou que o “prefeito do Rio foi preso” após pedido do Ministério Público, mas não citou o nome de Crivella. Quando ele foi mencionado, Eduardo Ribeiro disse que “Marcelo Crivella diz que é inocente” e com o GC: “Perseguição Política”.
Na matéria, o telejornal conversou com um advogado criminalista, que viu com maus olhos a prisão do prefeito. Segundo as palavras do repórter, pelo fato dele “ter endereço fixo, não oferecia risco de fuga e sempre colaborou com a Justiça”.
“Essa prisão é desnecessária”, avaliou o profissional da área. Ao todo, a notícia durou 4 minutos, bem longe dos 18 minutos que o JN reservou para os desdobramentos da prisão do político.
Em seguida, Augusto Nunes deu sua opinião sobre o fato. “Num Brasil deformado pela polarização política e por preconceitos ideológicos ou de ordem religiosa, também é seletiva a reação provocada pela súbita aceleração de processos judiciais”, cutucou.
Em alfinetada à Globo, o comentarista polemizou: “Os meios de comunicação tem criticado enfaticamente prisões decretadas pela operação Lava Jato. Antes e agora. Essa indignação desaparece se o alvo do arbítrio não figura entre os seus políticos de estimação”.
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Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].