Intérprete de Santiago em Um Lugar ao Sol, José de Abreu tem conquistado o público com o personagem de bom coração. Conhecido por dar vida a diversos vilões, o ator falou sobre como tem agradado os telespectadores.
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“Estão falando muito da minha interpretação, porque não é comum me ver fazendo o papel de uma pessoa boa. Estão gostando da minha performance com um velho do bem, justo, com tendências socialistas, mas sem ser extremista, obviamente”, disse o famoso, em conversa com a coluna de Patrícia Kogut.
“Ele tem aquela cabeça mais europeia, lembra empresários como José Mindlin, com preocupações sociais, cultos. Porque ser rico não impede de ser culto e ter consciência social. São personagens raros, principalmente na minha carreira. Fiz muitos vilões”, declarou.
Dar vida a Santiago não foi fácil. Como o personagem gosta de literatura, José teve que se dedicar a uma fala mais rebuscada: “Ele fala muito e usa português formal. Troca a ordem das palavras. A cada frase, tinha dois ou três adjetivos. Foi difícil decorar. Não dava para improvisar. Só nas últimas semanas eu estava conseguindo ter essa linguagem sofisticada de uma forma mais natural”.
“Acho que as frases dele vão ser meio épicas. Ele falou para o Túlio (Daniel Dantas) que devemos ‘tratar todos iguais de acordo com suas diferenças’. Em outro momento, diz: ‘Quem pede perdão primeiro é o mais corajoso. O que perdoa é o mais sábio. E o que esquece é o mais feliz'”, recordou.
“A Lícia (Manzo, autora) é muito boa de escrita. Eu entrei de cabeça nesse personagem. E ela me mandou mensagens de elogio e agradecimento. Acho que ela tem um carinho muito especial pelo Santiago“, contou.
Na conversa com a publicação, José de Abreu ainda abriu o coração ao falar sobre a morte de Rodrigo, seu filho, em 1992. Para quem não sabe, o jovem de 21 anos morreu ao cair de uma janela.
“A vida normal é você enterrar um pai. Um pai enterrar um filho é a inversão da vida. Você não está preparado“, disse o artista, que escreveu sobre a situação em Abreugrafia, sua biografia:
“Eu hesitei, não queria escrever, mas depois vi que tinha obrigação de fazer. Foi uma das últimas coisas que escrevi. É bom escrever, você se sente diferente. O sofrimento persiste, toda vez que lembro sofro. Mas reviver tudo, escolhendo as palavras, foi libertador”.
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