A crise gerada dentro das emissoras em razão da pandemia do novo coronavírus está começando a afetar os apresentadores. José Luiz Datena, por exemplo, renovou o seu contrato com a Band, antes do surto da doença em todo mundo, aceitando uma redução milionária no seu salário.
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Porém, segundo o colunista Flávio Ricco, o jornalista concordou com uma nova redução em seus vencimentos. Algo em torno de 50% do seu valor inicial. Cabe lembrar que, até o ano passado, o comando do Brasil Urgente lhe rendia um salário de R$ 600 mil. De acordo com a revista Veja, Datena é o funcionário mais bem pago da casa.
Recentemente, o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) concedeu uma entrevista ao programa da Band. Entre os vários momentos inusitados do bate-papo, o político fez questão de segurar uma lata de leite condensado durante sua aparição no Brasil Urgente.
A situação se deu enquanto Bolsonaro falava dos gastos que o Governo Federal teve em 2020. Junto do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, o presidente brasileiro disse de forma exclusiva que negocia o retorno do auxílio emergencial para os brasileiros.
Datena, então, questionou o chefe de Estado brasileiro sobre o comportamento de Bolsonaro diante dos veículos de comunicação.
“Por que o senhor briga tanto com a imprensa? Tem coisa que o senhor não precisa nem responder. Você lembra quando o senhor chamou todo mundo de bundão? Aquilo lá fica mal”, começou Datena, que emendou: “Cheguei no outro dia [para apresentar o Brasil Urgente] e falei: ‘Presidente, o senhor não deveria ter dito isso’. É o que eu penso”.
“Datena, eu sou ser humano. Se não fosse, eu fico um robô. Eu desço o cacete mesmo. Olha a questão do leite condensado. Eu falei mesmo. Pô, os caras me acusando de pegar R$ 2,5 milhões de leite condensado. Não tem cabimento”, disparou Bolsonaro.
Vale destacar que, em janeiro deste ano, o governo Bolsonaro gastou cerca de 2 bilhões em alimentos, segundo levantamento do portal Metrópoles. Só em leite condensado o gasto ultrapassou R$ 15 milhões.
