A Jovem Pan causou polêmica nesta semana ao exibir em pleno telejornal um vídeo, sem qualquer tipo de tarja ou censura, do anestesista estuprando paciente em sala de parto.
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Por causa da situação, o Coletivo Mulheres em Movimento, do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), protocolou uma denúncia ao Ministério Público de São Paulo.
O grupo pede para que o canal de notícias seja investigada e punida por causa da forma como exibiu a gravação em que o anestesista Giovanni Quintella Bezerra estupra uma mulher durante o parto.
A Jovem Pan News, diferentemente de outros canais, levou ao público o vídeo sem tarjas ou efeitos durante o importante telejornal do veículo.
“Ao fazê-lo de maneira insensível e oportunista, a equipe da Jovem Pan pode ter incorrido no crime de divulgação de cena de estupro de vulnerável, punido no Código Penal, na medida em que optou por não utilizar qualquer tipo de recurso que impedisse a visualização do rosto da vítima”, afirma trecho da ação.
Um grupo de mulheres do MTST chegou a protestar, nesta quarta (13), em frente à sede do veículo, na avenida Paulista, região central de São Paulo.
Jovem Pan se pronuncia
Em nota, a emissora diz que, mesmo sem o uso do efeito borrado, as “imagens exibidas não revelam a identidade e a imagem da vítima, além de não mostrarem explicitamente o ato violento”.
“Desde que o caso foi revelado, a Jovem Pan adotou os cuidados necessários para exercer o trabalho de informar e preservar os direitos da vítima, como é praxe em situações como essa”, garante o veículo.
Após a repercussão, o canal retirou as imagens do ar. No site da empresa, o vídeo da edição de segunda (11) do noticiário está indisponível.
