A atriz Juliana Caldas fez um desabafo de quase dez minutos em sua rede social sobre o filme Amor Sem Medida, estrelado por Leandro Hassum e disponível no catálogo da Netflix. Na produção, o humorista interpreta um anão. Chorando, ela criticou a produção: “Não dá mais para aceitar…”.
VEJA ESSA
Conhecida nacionalmente pela personagem Estela, maltratada psicologicamente pela mãe, vivida por Marieta Severo, em O Outro Lado do Paraíso, Juliana reprovou o fato do filme ter sido produzido com várias piadas preconceituosas contra PcD (pessoa com deficiência):
“Primeiro porque a pessoa que faz o personagem que tem nanismo, o ator não tem nanismo, que é o próprio Leandro Hassum. Eles fizeram computação gráfica, diminuíram [o ator], essas coisas, para mostrar que ele tem baixa estatura”.
Caldas frisou que “a maior parte do filme tem piadas totalmente capacitistas, totalmente preconceituosas e que, cara, não dá para aceitar hoje”.
A atriz ressaltou que se fosse um punhado de piadas racistas, homofóbicas ou gordofóbicas, “o assunto seria levado mais a sério”.
“Quando a gente fala sobre o nanismo, a maior parte das vezes é nessa forma de piada totalmente capacitista e preconceituosa. O nanismo é considerado uma deficiência. Aí você rir disso não dá mais para aceitar”, argumentou.
Juliana Caldas indignada
Depois que citou a novela de Walcyr Carrasco como um trabalho onde pode “questionar sobre muitas coisas e parar para pensar” sobre o assunto, Juliana Caldas falou especificamente sobre uma cena do filme que a deixou bastante abalada:
“Uma das abordagens do filme é comparar o órgão sexual masculino do cara com o tamanho dele. É um absurdo, a gente tenta lutar por respeito, pelo nosso espaço. Por exemplo, um espaço que poderia ter tudo um ator realmente com nanismo no filme não teve”.
Juliana Caldas citou o próximo dia 3 de dezembro, o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, “e aí você tem que se deparar com um filme em que a maior parte é de piadas ridículas”. A atriz completou: “Até quando? Foi assim que parei de assistir o filme”.
A famosa defendeu que “é cansativo ter que explicar o óbvio, o simples, explicar que a partir do momento que uma piada ou frase fere o outro não é legal”. No final do vídeo, ela cobrou mais empatia das pessoas.
Confira:
Ver essa foto no Instagram
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].