Juliano Laham e Pedro Henrique Muller comemoram torcida por Luccino e Otávio

Carol Bittencourt

27/08/2018

Juliano Laham e Pedro Henrique Muller comemoram o sucesso da novela

Juliano Laham e Pedro Henrique Muller comemoram o sucesso de “Orgulho e Paixão” (Imagem: Reprodução / Globo)

Juliano Laham e Pedro Henrique Muller usaram o Instagram para comemorar a história de amor dos seus personagens na novela “Orgulho e Paixão”. Na trama, Luccino e Otávio se amam, mas sofrem o preconceito da época por serem gays.

“Hoje venho aqui com o coração agradecido e cheio de esperanças por um mundo com mais amor ao próximo. Sou grato a Deus e a cada um que tem me mandado mensagens de carinho pelo Luccino, pela energia positiva que sinto vindo de vocês e também por conseguir transmitir os puros sentimentos desse personagem. Obrigado Pedro Henrique Muller por contar junto a mim essa história”, postou Juliano.

Pedro Henrique também se manifestou. “Tô aqui pensando no que posso escrever para descrever o tamanho da alegria que é receber com tanto carinho a história de Luccino e Otávio. O tamanho da importância que isso representa. Orgulho e Paixão é minha primeira novela e logo de cara ganho a oportunidade de contar essa história tão linda e delicada. Otávio sofreu uma transformação muito grande ao longo da trama, foi descobrindo aos poucos a si mesmo. Otávio é um oficial militar que se vê pressionado pelo seu entorno a manter uma conduta, a não sair do seu eixo. Essa descoberta de si é algo muito complexo quando se pensa em como a homossexualidade é vista historicamente. Na década de 10 do século XX, isso era uma questão tão distante da realidade, justamente por ser tão condenada socialmente e vista como um desvio da norma que deveria ser combatido. Ou seja: era praticamente impossível se reconhecer nesses desejos e nesses afetos porque eles não se apresentavam como possibilidades”, começou.

“Otávio e Luccino não tinham acesso a essas narrativas, muito embora elas sempre tenham existido. Acontece que foram silenciadas e excluídas durante séculos por não serem aceitas dentro de um padrão de sociedade heteronormativo. Esse padrão da heteronormatividade sempre impediu e excluiu histórias como as deles. Qualquer interesse amoroso que fugisse da heterossexualidade não poderia ter outro fim senão o de viver uma vida à margem, oculta ou duramente perseguida por práticas sociais, políticas ou religiosas. Sempre uma questão estrutural, de fato. Mas isso está mudando”, continuou.

“A novela é feita agora em 2018 e dialoga com questões fundamentais do nosso tempo. Tempo em que estamos chamando atenção para a pluralidade de narrativas, que não sejam apenas narrativas únicas, para que outras pessoas também possam se reconhecer naquilo que elas veem na TV. Isso é de uma importância gigantesca. Todos os avanços que tivemos desde a época em que se passa a novela até hoje foram frutos de muita resistência e muita luta. Poder falar sobre isso na televisão é um deles! Essas histórias precisam e devem ser contadas. Não podem mais ficar à sombra ou renegadas à marginalidade”, finalizou Muller.

Apoio do público

A cena mais comentada entre todas as novelas da Globo na sexta-feira (24) foi a exibida em “Orgulho e Paixão”, na qual Luccino (Juliano Laham) é expulso de casa. Na sequência, Gaetano (Jairo Mattos) manda o filho embora de casa ao flagrar o rapaz e Otávio (Pedro Henrique Muller) no quarto deste, quase se beijando.

Com o flagra, Luccino contou ao pai e à mãe o que sentia pelo capitão e acabou sendo expulso de casa. O momento foi bastante comentado nas redes sociais pelo público que acompanha a saga do personagem de Laham, que resolve assumir sua homossexualidade e o amor pelo amigo.

Confira:

To aqui pensando no que posso escrever para descrever o tamanho da alegria que é receber com tanto carinho a história de Luccino e Otávio. O tamanho da importância que isso representa. Orgulho & Paixão é minha primeira novela e logo de cara ganho a oportunidade de contar essa história tão linda e delicada. Otávio sofreu uma transformação muito grande ao longo da trama, foi descobrindo aos poucos a si mesmo. Otávio é um oficial militar que se vê pressionado pelo seu entorno a manter uma conduta, a não sair do seu eixo. Essa descoberta de si é algo muito complexo quando se pensa em como a homossexualidade é vista historicamente. Na década de 10 do século XX, isso era uma questão tão distante da realidade, justamente por ser tão condenada socialmente e vista como um desvio da norma que deveria ser combatido. Ou seja: era praticamente impossível se reconhecer nesses desejos e nesses afetos porque eles não se apresentavam como possibilidades. Otávio e Luccino não tinham acesso a essas narrativas, muito embora elas sempre tenham existido. Acontece que foram silenciadas e excluídas durante séculos por não serem aceitas dentro de um padrão de sociedade heteronormativo. Esse padrão da heteronormatividade sempre impediu e excluiu histórias como as deles. Qualquer interesse amoroso que fugisse da heterossexualidade não poderia ter outro fim senão o de viver uma vida à margem, oculta ou duramente perseguida por práticas sociais, políticas ou religiosas. Sempre uma questão estrutural, de fato. Mas isso está mudando. A novela é feita agora em 2018 e dialoga com questões fundamentais do nosso tempo. Tempo em que estamos chamando atenção para a pluralidade de narrativas, que não sejam apenas narrativas únicas, para que outras pessoas também possam se reconhecer naquilo que elas veem na tv. Isso é de uma importância gigantesca. Todos os avanços que tivemos desde a época em que se passa a novela até hoje foram frutos de muita resistência e muita luta. Poder falar sobre isso na televisão é um deles! Essas histórias precisam e devem ser contadas. Não podem mais ficar à sombra ou renegadas à marginalidade. (… continua nos comentários)

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Carol Bittencourt
Escrito por

Carol Bittencourt

Brasileira vivendo em Portugal, Caroline Bittencourt é jornalista, pós-graduada em Comunicação e Design Digital. Atua como redatora e produtora de conteúdo para as redes sociais. Colabora com o RD1 desde 2018. Ama viajar, seja chegando em um novo destino ou em frente à TV assistindo uma boa série.