Lázaro Ramos e Taís Araújo expressaram suas aflições a respeito do que passamos no Brasil, devido a pandemia do coronavírus. Em entrevista à Quem, o casal comentou também sobre as notícias de violência no Rio de Janeiro.
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“Dá uma desanimada. Estou tentando não me apegar ao medo e ao sofrimento. Ele tem que vir, mas tenho tentado encontrar forças nas mínimas coisas. Ele tem que vir, mas tenho tentado encontrar forças nas mínimas coisas. Como artista, às vezes vejo que tem muitas expressões que desumanizam essas mortes. Nós temos um papel fundamental para buscar essa humanização”, desabafou Lázaro Ramos.
O ator ainda refletiu sobre o papel da arte como um importante instrumento no processo de valorização. “Às vezes parece que não estamos fazendo nada com clipe, programa de TV, mas eles também fazem parte de um processo de valorização, parece pouco, mas não é”, analisou.
Os dois também foram questionados sobre a morte do adolescente João Pedro, de 14 anos, provocada em meio à uma ação da policia, em São Gonçalo, no Rio. Taís Araújo definiu sentir uma sensação de “impotência” diante do caso que repercutiu nos últimos dias.
“É a maior dor. O que a gente pode fazer para acabar com isso? Não é nem para diminuir as mortes, é para que isso não aconteça mais! Para que todos os dias a gente não receba essas notícias. Enquanto mãe e artista, meu trabalho é muito para uma mudança de mundo e no olhar”, explicou ela.
“Para que a gente mude, que a gente entenda que a vida de todo mundo importa. É muito difícil falar, porque parece que a gente luta para isso, trabalha, e não há mudança. Não vemos mudanças. Nem todo dia eu amanheço com força. Mas tem dias que eu levanto com coragem e afim de continuar trabalhando com isso”, completou a atriz.
