Lucas Penteado entrou para a história do Big Brother Brasil neste ano ao protagonizar o primeiro beijo entre dois homens, junto com Gil do Vigor. Na época, ele acabou sofrendo casos de bifobia e hoje fala abertamente sobre o assunto e suas bandeiras.
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Ligado às pautas educacionais, o ator revelou que aulas de identidade de gênero ajudam a combater as questões relacionadas ao machismo, homofobia e transfobia. Ele disse ao jornal Extra que acredita que esses tópicos deveriam ser “obrigatórios” nas escolas do país.
“Deveria ser obrigatório em todas as escolas uma matéria sobre identidade e igualdade de gênero e orientação sexual. Justifico essa ideia com o conceito de banzo, que era quando negros escravizados, que não aceitavam essa condição, entravam em um profundo estado de melancolia que levava à morte”, desabafou o famoso.
O ex-BBB ainda ressaltou: “Hoje, acontece situação parecida com jovens LGBTQIAP+, que se suicidam por sofrerem rejeição. O setembro amarelo alerta para isso. Eu mesmo perdi uma amiga, que se matou por, simplesmente, não poder amar. Se tivesse esses mecanismos de informação próximo dessas pessoas, penso que não haveria tantos ataques aos nossos corpos”.
“A parada que eu quero dizer pra todos é: deixa que cada um seja seu próprio fiscal de coração, de desejo e de emoção. E isso vai principalmente para a comunidade LGBTQIAP+, porque se todos nós que sofremos estivermos unidos, sofreremos menos. O discurso bifóbico deixa a comunidade muito próxima da heteronormatividade que impõe ‘caixinhas’. Isso não cabe, não liberta. É preciso que estejamos unidos para sermos mais fortes”, afirmou Lucas Penteado.
O ator e rapper chegou a falar em algumas situações sobre o preconceito vivido dentro da casa mais vigiada do Brasil e também que sua sexualidade nunca foi um segredo para ninguém.
“Preconceito sempre tem. A periferia parece ser mais preconceituosa…Por desconhecerem todas as estruturas que formam o pensamento social, o periférico tem a tendência de ser mais agressivo no que defende“, declarou.
O famoso completou: “Já dentro do BBB, acredito que sofri uma bifobia racista, pois a casa era bem diversa e tinham várias comunidades representadas. O meu sentimento foi questionado com discurso sofisticado, enquanto o selinho do Fiuk com o Gil foi chamado de fofo”.
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