Luis Lobianco deu uma pausa nas gravações de “Segundo Sol” ao ser convidado para tomar um café com Cissa Guimarães e Zeca Camargo, no “Mais Você” desta sexta-feira (26).
O ator, que vive o Clovis na trama de João Emanuel Carneiro, ficou emocionado ao rever cenas do seu personagem, o primeiro de grande destaque na teledramaturgia da Globo.
“Fico emocionando vendo porque a gente tem que revirar tanta coisa, tantos sentimentos… Eu me emociono quando lembro desse caminho do teatro, 24 anos ali lutando e chegar nesse trabalho incrível com essas pessoas. O resultado do Clovis é também esse encontro com Arlete Salles, Zé de Abreu, [Armando] Babaioff, Emilio Dantas, Vladimir [Brichta], Thalita Carauta…“, afirmou.
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Luis contracena com Thalita Carauta na trama das 21h, e para ele é um sonho realizado. “Quando soube que era a Thalita eu dei uma relaxada. Metade do meu trabalho já estava feito. Éramos colegas e sempre admirei muito a Thalita“, revelou.
Lobianco ainda saiu em defesa do seu personagem, muitas vezes criticado pela sua falta de maturidade. “Ele não tem estrutura emocional. Isso revela tanto da clareza dos sentimentos. Uma pessoa que encara isso de frente. Muitas vezes eu deixei de chorar e de rir por insegurança. Com o Clovis aprendi que temos que rasgar o coração“, destacou.
O ator lembrou de um dos momentos mais marcantes da sua vida pessoal, o drama vivido pela mãe, Maria de Lourdes, durante a gravidez de Luana, sua irmã do meio.
“As coisas acontecem na nossa vida… Desculpa. E a gente demora para entender, principalmente quando a gente é criança. Perdi a minha mãe para uma doença que foi muito triste. Acompanhei tudo. Demorou muito para eu conseguir entender um pouco do que significava essa perda“, disse.
Luis se emocionou ao lembrar que a mãe escolheu entre viver ou dar a luz a filha. Ela descobriu que tinha um câncer linfático. “Ela abriu mão da própria vida para que a minha irmã do meio, a Luana, pudesse nascer. E uma outra mãe apareceu, juntou os caquinhos do que era nossa família e estamos aqui“, afirmou.
Ele também relembrou a infância com a mãe biológica. “Se naquele momento foi muito duro… Eu brincava com as seringas da minha mãe. Ela tomava injeção todos os dias. Os tubos que sobravam eu brincava de carrinho. Eu sobrevivi. E graças às mulheres. Minhas irmãs são mulheres lindas, corajosas, batalhadoras”, disse, emocionado.
“Temos que enaltecer as mulheres brasileiras. Minha avó, minhas tias, que pegaram a gente e falaram, ‘essa família vai existir até o fim’. Então respeitem as mulheres. Elas sim são as grandes responsáveis pelo Brasil ser um país tão especial e com gente tão incrível“, finalizou.
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].