Vítima da sociedade patriarcal assim como todas as mulheres, Luísa Sonza falou sobre como o machismo impacta na carreira de artistas. Em conversa com a Marie Claire, a cantora refletiu a respeito do assunto e contou o que faz para mudar o cenário.
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“Olha os line-ups dos festivais. São 50 homens e uma mulher em vários festivais. A gente tem tanta mulher talentosa. Olha o tamanho da Anitta, da Ludmila, da Iza. A mulher, para ser ouvida, tem que provar um bilhão de vezes mais coisas para qualquer um”, pontuou.
Atualmente com uma legião de fãs, a artista contou que usa a sua voz para poder contribuir positivamente para mudança dessa realidade machista: “A minha intenção é ajudar, eu falo sobre isso para ajudar, eu não falo isso para reclamar da sociedade. Eu quero que a gente seja ouvida”.
“Às vezes a gente fala demais e tem esse problema também, né? Eles falam justamente isso. Que fala demais e não sei o quê. Então prefiro ser a ‘come quieto’ para mudar alguma coisa efetivamente“, explicou.
Apesar da tão conhecida rivalidade feminina, Luísa Sonza revelou que já não vê mais isso acontecendo no meio. “Tem muita união e todo mundo me apoia, eu não posso reclamar disso dentro do meio artístico”, afirmou.
“Eu vejo muito apoio no meio artístico musical e eu dificilmente vejo alguma rivalidade ou alguma coisa”, completou a famosa, que citou a amizade de Maiara e Maraísa com Marília Mendonça.
Luísa Sonza desabafa na web
Recentemente, a funkeira falou, no Twitter, sobre a desvalorização da classe artística feminina no Brasil. “Mano, put* que pariu, bizarro como o cenário musical brasileiro desvaloriza as artistas femininas. A gente faz TUDO, entrega TUDO e mesmo assim a desvalorização é clara”, disparou a famosa.
“Que nojo. Valorizem a gente, frequentem os shows, questionem sim quando tiver pouca ou pior, nenhuma mulher nos (principalmente) shows, eventos e premiações”, esbravejou em seguida.
E continuou: “Vocês não tem noção do que a gente passa desse lado para ser reconhecida e valorizada. E podem deixar que vou enfiar nesse povo que se acham os donos do mundo, o pop feminino no Brasil goela a baixo. Quer eles queiram ou não”.
“Tratam a gente como idiotas. Rio Grande do Sul, minha terrinha amada, que eu tanto falo e tenho orgulho, se vocês gostam de mim, fiquem de olho e me peçam MUITO por aí, porque pelo jeito, santo de casa não está fazendo milagre não”, finalizou.
