Lulu Santos foi o convidado do “Lady Night”, do Multishow, que foi exibido nesta segunda-feira (22). O cantor falou sobre o casamento com Clebson Teixeira e explicou como foi tornar a relação pública.
“Ainda que eu tenha tido relações anteriormente que se tornaram públicas, dessa vez não foi uma coisa programada nem nada, a gente fez ao sabor de gostar tanto um do outro”, disse.
“A primeira vez que ele passou um final estendido no Rio de Janeiro, na hora que foi embora postou a foto do helicóptero, eu repostei e as pessoas juntaram as coisas”, afirmou o convidado de Tatá Werneck.
O artista disse que não pensou na questão da militância. “A gente fez uma homenagem um ao outro. Não é para normatizar, mas também tem esse efeito. Eu mesmo nunca tive oportunidade de falar e possivelmente não gostaria do que eu mesmo sofri de auto-opressão, de opressão da sociedade e do ambiente”, garantiu ele.
Lulu Santos ainda contou o que o incomoda: “Uma das coisas que a gente acaba se ressentindo mais é não ter representatividade. Você vê os beijos dos casais, os romances, os filmes, comerciais e acaba não se vendo representado naquilo, como se estivesse excluído daquela possibilidade de felicidade. O que a gente fez foi não se excluir e não medir que aquilo tivesse alguma consequência”.
Ele também falou que é preciso avançar no discurso. “Francamente, falar em homofobia sequer passa pela minha cabeça. É uma coisa resolvida para mim há tanto tempo. Acho tão atrasado, tão retardado abrigar isso. Não é que eu ache que não exista, mas eu me comporto como se não existisse”, disparou.
