Comandando o Jornal Hoje de forma fixa desde setembro de 2019, Maju Coutinho não vive uma vida de glamour como muitos imaginam. Ela chega às 8h15 nos estúdios da Globo e se divide em diversas funções até a hora do jornalístico ir ao ar.
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Destaque no Brasil desde suas aparições no Jornal Nacional, a profissional precisou aprender a lidar com as críticas, principalmente na internet.
Durante a pandemia, tudo ficou mais intenso, inclusive a sua rotina de trabalho. Para manter a saúde mental em dia, a global medita duas vezes ao dia e deixa o celular em modo avião após expediente.
“Não dá para ter a frieza de tratar a morte como simples números, mas também não posso sair chorando junto. Dar o tom na medida certa é sempre uma busca intensa e diária“, contou em entrevista à Vougue.
“Precisamos cada vez mais respirar para não pirar. Aprendi, principalmente, que a ciência e o jornalismo profissional se fazem mais presentes do que nunca“, complementou.
Ao falar quais foram as notícias que mais a emocionou este ano, Maju citou a história da enfermeira que criou uma luva com água quente para confortar pacientes com a Covid-19:
“Toda vez que vejo matérias de ideias de profissionais de saúde com soluções criativas no meio desse caos fico muito tocada. As que me deixam alegre, e com um pouco de inveja esperançosa, são as notícias internacionais dos nossos correspondentes entrando ao vivo falando que já tomaram vacina, estão indo para pubs, e ao fundo da reportagem vemos pessoas sentadas ao ar livre. Espero que a gente tenha esse momento também aqui no Brasil, em breve.”
Semanalmente, a comandante do JH compartilha imagens de crianças que se sentem representadas ao vê-la no comando do jornal. Para Coutinho, isso é motivo de muita alegria.
“Eu recebo tantas fotos, áudios e mensagens nesse sentido, é muito forte e gratificante. É uma explosão de fofura! Eu não tive isso. Claro, Gloria Maria era a minha referência desde a infância, e sei que ela apresentou o RJTV, mas como eu sou de São Paulo, não a via diariamente. Então, é difícil cair a ficha quando vejo o volume de depoimentos que recebo. Acredito que o sonho é o primeiro passo para abrir essa janela que faz com que mais crianças se vejam na TV em múltiplos espaços e que isso as estimulem a conquistarem o um futuro brilhante.”
Apesar de gostar das redes sociais, ela tem evitado muita interação com seus seguidores. “Tive duas fases. No começo, eu interagia muito mais, mas quando cheguei num nível de exposição muito grande, com o aumento da polarização no país e essa pandemia assolando a gente, eu fiquei mais discreta. São muitos os ataques e eu tomo cuidado de não responder nem dar palanque para haters. Não tenho energia para isso. Agora, adoro uma crítica construtiva! Sempre leio os comentários, pesquiso e respondo quando possível”, pontuou.
Da mesma ela trata no que se refere à vida pessoal. Maju optou por não expor muitos detalhes, para evitar pré-julgamos de quem analisa a vida do outro apenas pelo que está na internet:
“Quero me distanciar dessa glamourização em torno do meu trabalho na TV. Tem toda essa idealização, um arquétipo de fama e de camarim exclusivo, de que eu vivo num castelo e janto com artistas o tempo todo, por exemplo. Mesmo sem colocar nada sobre minha vida pessoal nas redes, as pessoas já imaginam milhares de coisas que não existem. É ralação, não tem glamour. Eu durmo cedo, tenho que ler jornal todos os dias pela manhã antes do expediente e estou cansada na maioria do tempo. Não acho bom alimentar essa fantasia de que é tudo fácil, luxuoso e lindo quando na verdade é muito pé no chão e trabalho”.
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