Os momentos íntimos e a vida profissional de Hebe Camargo (1929-2012), retratados no longa Hebe – A Estrela do Brasil e na série Hebe, no Globoplay, não foram bem aceitas por quem convivia diariamente com a apresentadora. Um dos seus maquiadores, inclusive, rebateu as obras com o lançamento de um livro, onde fez uma revelação sobre a rainha da TV brasileira.
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Em entrevista ao repórter Paulo Pacheco, do UOL, Edu Sacchiero, responsável por fazer a maquiagem de Hebe durante mais de dez anos, afirmou que parte das características da loira exibidas nas obras não condizem com a realidade. “O filme é mentiroso, aquela Hebe não existe. Ela nunca tomou uísque na vida dela, nunca. Chacrinha nunca foi ao programa dela, e, no período em que eu trabalhei com ela, a Globo nunca liberou Roberto Carlos para ir. É um filme que não existe”, disparou.
O profissional, que também trabalhou com Gugu Liberato (1959-2019) por 14 anos, lançou o livro Ela Salvou Minha Vida – Verdades Reveladas: O Relato do Maquiador de Hebe Camargo, no qual reuniu boas histórias e depoimentos coletados ao longo do convívio com a apresentadora. “Resolvi contar para o Brasil o quanto a Hebe foi um anjo da guarda na minha vida”, disse.
Entre as revelações estão o relacionamento de carinho entre Hebe e Roberto Carlos. “Certo dia, ela estava gravando para o programa, no jardim perto da piscina, e tocou o telefone. Lembro que na hora ela começou a vibrar! ‘Roberto Carlos, não acredito que você está me ligando, amorzinho!’. Ela parou tudo, se jogou no chão, ao lado da piscina, e ficou um tempão batendo papo com o cantor, deitada ali, feliz da vida”, revela a publicação.
Há relatos, também, do convite da loira a uma fã para uma viagem internacional, o dia em que uma ala de um shopping em Dubai, nos Emirados Árabes, foi fechada para que ela comprasse joias, e os bastidores do registro da foto de Hebe careca, durante o tratamento contra o câncer que a vitimou, e que estampou a capa da revista Veja São Paulo, em 2010.
“Quando os cabelos começaram a cair, ela decidiu raspar. Nos encontramos, ela pediu que eu a maquiasse e tirasse uma foto. Ela também já não tinha mais sobrancelha e, claro, estava abatida. Tirei a foto com uma câmera minha, retirei o cartão de memória e entreguei para ela dizendo: ‘Hebe, isso é um documento. Se um dia você quiser que essa foto saia na imprensa, faça pelas suas mãos’. Ela agradeceu e guardou o cartão no cofre da casa dela. No início, ela não tinha entendido o que era o chip. Quando expliquei, ela compreendeu e guardou. Decidiu estampar a foto dias depois, na capa da Veja”, diz Sacchiero.
A renda obtida com a venda do livro, publicado pela Editora Leader e que será lançado nesta terça-feira (17), na Livraria da Vila, em São Paulo, será revertida ao GRAACC (Grupo de Apoio ao Adolescente e Criança com Câncer).
