Marcelo D2 não costuma ficar calado e sempre se posiciona politicamente. Um dos ferrenhos críticos do presidente Jair Bolsonaro (PL), o cantor revelou que quase ficou doente e quis deixar o Brasil.
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“Já pensei em sair do Brasil várias vezes, mas aqui é o lugar em que nasci e cresci. Aqui tem meus amigos e a minha família”, declarou o famoso em entrevista a Splash. “Ainda vou lutar muito por isso porque o Brasil vale muito à pena. Mas falo do Brasil de verdade. O Brasil de cultura, de gente de verdade, e não o Brasil de plástico”, ressaltou.
O artista disse que quase ficou doente por mostrar o seu posicionamento entre 2018 e 2019, época em que o presidente estava entrando no poder.
“No final de 2018 para 2019 eu quase fiquei doente de tanto brigar na internet. Fiquei mal mesmo, quase à beira de um ataque de nervos. Mas eu vi que as pessoas são ignorantes e não sabem o que está acontecendo. Elas estão sendo manipuladas, então percebi que não vale brigar“, desabafou.
Marcelo D2 ainda garantiu que fica triste por ver que muitos artistas preferem não expor as suas opiniões políticas.
“Fico um pouco triste em ver as pessoas fugindo [de se posicionar]. E não só artistas, mas as pessoas também, como cidadãos. Só que nós artistas estamos em uma posição de destaque, então, seria interessante tomarmos posição, já que queremos um mundo melhor para todos”, afirmou.
Ele ainda criticou os músicos que ficam “em cima do muro”: “Tem gente que dá preferência ao status e tem medo do que o público vai achar. Só que sobre esse tipo de coisa não dá para ficar quieto, porque o que estamos passando no Brasil é muito sério, é a pior situação que já passamos desde a ditadura militar. Então, acho feio um artista não se posicionar”.
Marcelo D2 revela voto em Lula em 2022
Na entrevista, o rapper ainda cravou que já pensa nas eleições presidenciais de 2022. “Vou de Lula. Não tem outra saída para esse Brasil. O caminho agora é com Lula para a gente renovar tudo isso e colocar o trem nos trilhos de novo”, revelou.
“A gente precisa de política social muito bem feita, e não existe isso nessa classe média branca, hétero e sei lá o quê. Eles não estão preocupados com as minorias e a gente precisa de quem se preocupa com elas”, concluiu.
