Marcos Mion usou as redes sociais para fazer uma crítica pesada ao governo de São Paulo. O apresentador da Globo desabafou pelo fato de que Tarcísio de Freitas (Republicanos) comentou que o autismo pode “deixar de existir”. O comentário do político ocorreu após ele vetar um projeto de lei.
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A decisão foi considerada pelo titular do Caldeirão como um “desserviço” e disparou: “Isso é um absurdo. […] Que tristeza ouvir isso. Ainda mais depois de tantos anos falando de autismo em todos os microfones que consigo”.
Em vídeo, Marcos Mion reforçou que o autismo não é uma doença e deixou claro ao governador que, por isso, ele não tem cura.
O famoso ressaltou que o governador de São Paulo ainda pode voltar atrás da decisão. “Podem existir outras mil desculpas pra não aprovarem esse PL, mas essa que deram é lamentável. Sem nenhum tipo de embasamento, sem consultar ninguém da área, nenhum especialista”, desabafou.
O contratado da Globo, que é pai de um jovem autista, Romeo Mion, ainda comentou que a Secretaria de Saúde foi quem indicou ao político essa “resposta negacionista”, que, segundo ele, acaba “influenciando milhões de pessoas de forma negativa”.
O apresentador é muito engajado na causa e costuma falar, sempre que tem espaço, de inclusão e conscientização sobre o TEA (transtorno do espectro autista).
Qual a polêmica provocada por Tarcísio de Freitas?
O governo de São Paulo vetou o projeto de lei 665/2020, do deputado estadual Paulo Correa Junior (PSD), que determinava validade vitalícia a laudos médicos que confirmem o transtorno. Como justificativa para vetar o PL, a gestão sugeriu que o autismo pode ter cura.
No entanto, a ciência aponta que o TEA (transtorno do espectro autista) é uma condição crônica, sem cura.
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Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]