O senador Irajá Silvestre Filho (PSD-TO) foi acusado por uma modelo de 22 anos de estupro. A jovem registrou um boletim de ocorrência na madrugada da últimas segunda-feira (23), com detalhes do crime sexual, em um hotel no Itaim Bibi, bairro nobre de São Paulo.
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Segundo relato dos policiais militares chamados para a ocorrência, amigos da mulher ligaram para o 190 e afirmaram que a jovem conheceu Irajá durante um almoço no Jóquei Clube e, na parte da noite, foram para uma casa de show. Por lá, consumiram álcool.
A mulher, que não teve o seu nome divulgado, perdeu a consciência e acordou em um flat. Segundo os amigos próximos, ela acordou durante o ato sexual e ouviu o parlamentar dizendo: “Você é minha” e “Estou apaixonado”.
A Polícia Civil informou que a modelo acrescentou na ocorrência que não resistiu ao ato forçado, pois temia por sua segurança, já que não conhecia Irajá Silvestre. Após muito insistir em sair da cama para tomar água, ela se trancou no banheiro e conseguiu falar com amigos, que chamara a polícia.
“Com a chegada da sua amiga, [a vítima] saiu do banheiro porque sentiu-se mais segura e, com ódio, foi para cima do investigado chutando-o e esmurrando-o”, informou a Polícia Civil. A modelo saiu do quarto com uma amiga e foi para a recepção do hotel até a chegada da polícia. Quando os agentes chegaram, o senador já tinha saído.
Em nota, o senador afirmou: “Ressalto que compareci espontaneamente à delegacia responsável pela apuração dos fatos e pedi para ser submetido, voluntariamente, a exame de corpo de delito e toxicológico, tudo para desmistificar o quanto aleivosamente alegado”.
A modelo reconheceu o parlamentar por uma imagem publicada na internet, e a polícia “encaminhou a vítima para exames de conjunção carnal e outros atos libidinosos, assim como exame toxicológico” e determinou a preservação da suíte para exame pericial. Irajá Silvestre é filho de Kátia Abreu, atualmente internada no hospital S[irio-Libanês, em São Paulo.
Leia na íntegra a nota do senador enviada à imprensa:
“Foi com surpresa, decepção, tristeza e indignação que tomei conhecimento do episódio infame, maldoso e traiçoeiro envolvendo a minha vida e minha dignidade.
Eu sempre pautei minha vida profissional, pública e pessoal pela ética, respeito e retidão, sendo inimaginável ser acusado de algo dessa natureza.
O fato é que, como principal interessado na revelação ampla e total de toda essa farsa, solicitei que meu advogado, Daniel Bialski, reforçasse às autoridades responsáveis pela investigação do caso que requisitassem a realização de exame de corpo delito na acusadora para comprovar a verdade.
Ressalto que compareci espontaneamente à delegacia responsável pela apuração dos fatos e pedi para ser submetido, voluntariamente, a exame de corpo de delito e toxicológico, tudo para desmistificar o quanto aleivosamente alegado.
As filmagens, demais provas e testemunhas hão de repor a verdade no seu devido lugar e vir a declarar minha total e plena inocência.
Confio na polícia e na Justiça e sei que ficará provado que jamais houve nada que possa tangenciar qualquer comportamento inapropriado de minha parte.
Lamento muito ter sido envolvido nesse enredo calunioso e difamatório que busca manchar o meu nome em função da visibilidade momentânea da função que ocupo.
Reitero que aguardarei a conclusão das investigações antes de fazer qualquer nova manifestação. Não pretendo ser atirado para essa arena sórdida. A verdade aparecerá e eu a aguardarei com serenidade.
Declaro e reitero que não cometi ilícito algum e estou à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários”.
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