Bruno Aiub, o Monark, voltou a causar polêmica no podcast Flow. Desta vez, o famoso defendeu a existência de um partido nazista no Brasil que fosse reconhecido por lei.
VEJA ESSA
A declaração do youtuber foi feita durante entrevista com os deputados federais Kim Kataguiri (Podemos) e Tabata Amaral (PSB). “A esquerda radical tem muito mais espaço que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço, na minha opinião […] Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei”, disparou ele.
No Brasil, porém, é considerado crime fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas e objetos de divulgação do nazismo, conforme o artigo 1º da Lei 7.716/89.
Tabat não ficou calada e rebateu o podcaster. Ela afirmou que o nazismo coloca a população judaica em risco. “Liberdade de expressão termina onde a sua expressão coloca em risco coloca a vida do outro. O nazismo é contra a população judaica e isso coloca uma população inteira em risco”, disparou ela.
“As pessoas não têm o direito de ser idiotas?”, questionou Monark, que perguntou à deputada como o nazismo coloca os judeus em risco. “De que forma [isso acontece]? Quando [o nazismo] é uma minoria, não põe. Mas era [um risco] quando era uma maioria”, emendou.
A fala do apresentador desconsidera o Holocausto na 2ª Guerra Mundial, que matou milhões de judeus pelo nazismo.
“A comunidade judaica até hoje tem que se preocupar com sua segurança porque recebe ameaça. O antissemitismo é uma coisa que tem ser combatida todos os dias”, respondeu Tabata Amaral.
Kim Kataguiri entra em discussão com Monark
Na conversa, o deputado usou uma suposta fala de um membro partidário do PCO para argumentar que os partidos com bandeiras ideológicas comunistas também não poderiam existir devido a declarações que poderiam violar os direitos humanos.
“Quando o Rui Costa, do PCO, fala em fuzilar burguês, por exemplo, aquilo está contemplado pela liberdade de expressão. Pelo menos no entendimento de hoje”, disparou ele, que completou: “E isso entra em contradição com violação de Direitos Humanos. Então, por essa definição, o partido comunista não deveria existir”.
Confira a repercussão:
“Deveria existir um partido Nazista legalizado no Brasil”
“Se o cara for anti-judeu ele tem direito de ser Anti-judeu”
Eu tinha achado que ele tinha superado todos os limites no último papo de racismo, mas ele conseguiu se superar de um jeito… pic.twitter.com/h9Tf7g8TYg
— Levi Kaique Ferreira (@LeviKaique) February 8, 2022
Ó gente, maconha não faz ninguém defender nazismo não viu.
A culpa da falta de caráter do Monark é totalmente dele.
Deixem a maconha e os maconheiros em paz.
— Tati Nefertari (@TatiNefertari) February 8, 2022
O Kim tbm tava bêbado? pic.twitter.com/OpWeOtmBri
— TeAtualizei ????❤️ (@taoquei1) February 8, 2022
O nazismo é CRIME, é ideologia de ódio. Na Alemanha, Monark estaria preso e o podcast acabaria. No Brasil, onde os grupos extremistas cresceram mais de 200% nos últimos anos ele segue solto, patrocinado por grandes empresas e com microfone aberto pra falar absurdos. Inaceitável!
— Matheus Gomes (@matheuspggomes) February 8, 2022
Monark e Kim Kataguiri defendendo o direito de existir um partido nazista – isso mesmo, NAZISTA! – no Brasil é o maior reflexo destes tempos em que vivemos.
— Henry Bugalho (@henrybugalho) February 8, 2022
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]