Morreu na última quinta-feira (25), aos 86 anos, a atriz Berta Zemel. Segundo informações do jornalista Maurício Stycer, do UOL, Berta foi acometida por uma broncopneumonia. Profissional do cinema e do teatro – responsável, inclusive, pela formação de vários atores através das aulas no Teatro Móvel, de São Paulo –, Zemel também acumulou passagens marcantes pela TV.
VEJA ESSA
Berta Zemel estreou no veículo na década de 1950, participando do Grande Teatro Tupi. Sua primeira novela, O Ébrio (1965), foi na Globo. Voltou ao gênero somente em 1972, como protagonista de Vitória Bonelli – ao lado de nomes como Yara Lins, Tony Ramos, Raul Cortez, Luís Carlos Arutim, Carlos Augusto Strazzer e Carlos Alberto Riccelli.
Esteve ainda em Os Apóstolos de Judas (1976) e Gaivotas (1979), também exibidas pela Tupi. Depois, passou por Band (Renúncia, 1982) e SBT (Jogo do Amor, 1985). Seu último trabalho foi na emissora da família Saad: em Água na Boca (2008), Berta interpretou a italiana Maria, matriarca dos Bellini, acometida pelo Mal de Alzheimer.
Filha de imigrantes poloneses, Berta Zemelmacher nasceu em São Paulo. A abreviação do sobrenome foi uma sugestão do colega Sérgio Cardoso. Ela foi casada com o também ator Wolney de Assis, falecido em 2015. Por conta da militância política clandestina do marido, durante a ditadura militar, Zemel precisou se afastar dos palcos, regressando décadas depois com a peça Anjo Duro (2000), baseada no trabalho da psiquiatra Nise da Silveira.
De acordo com o portal Notícias da TV, Berta Zemel foi sepultada em um cemitério na Zona Sul de São Paulo, na última sexta-feira (26).
