O Ministério Público de São Paulo pediu a instauração de inquérito policial para a apuração do episódio onde a Jovem Pan exibiu sem tarjas o vídeo em que o anestesista Giovanni Quintella Bezerra comete estupro contra uma parturiente, em São João do Miriti (RJ).
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O canal de notícias mostrou sem qualquer tipo de filtro o crime cometido pelo anestesista no dia 11 de julho. A ação mobilizou protestos e denúncia do coletivo Mulheres em Movimento, do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto).
A requisição foi feita pela promotora de Justiça Cláudia Porro, de acordo com as informações da jornalista Cristina Padiglione, do jornal Folha de S. Paulo, baseada na conduta veiculada sobre o fato, que pode configurar a prática do delito previsto no artigo 218-C, do Código Penal.
A Jovem Pan surpreendeu os telespectadores e, ao contrário dos seus concorrentes, na TV aberta e TV por assinatura, colocou a cena do estupro sem tarja ou filtro. As outras emissoras divulgaram o conteúdo com imagens desfocadas.
“Ao fazê-lo de maneira insensível e oportunista, a equipe da Jovem Pan pode ter incorrido no crime de divulgação de cena de estupro de vulnerável, punido no Código Penal, na medida em que optou por não utilizar qualquer tipo de recurso que impedisse a visualização do rosto da vítima”, expôs a promotora na representação.
Jovem Pan se defende do caso
O canal de notícias se defendeu e afirmou que “as imagens exibidas não revelam a identidade e a imagem da vítima, além de não mostrarem explicitamente o ato violento”.
O grupo de comunicação salientou que “desde que o caso foi revelado, a Jovem Pan adotou os cuidados necessários para exercer o trabalho de informar e preservar os direitos da vítima, como é praxe em situações como essa”.
