Dias após anunciar o fim do tratamento que fez contra o câncer (linfoma de Hodgkin) nos últimos meses, Caio Ribeiro deu entrevista ao Globo Esporte, neste domingo (10). O comentarista desabafou sobre os últimos meses de dificuldade.
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“Eu não queria preocupar as pessoas, eu não gosto de ser portador de notícia ruim. Eu sou um cara otimista, eu gosto de vender coisa boa, de vender saúde, de sempre ver o lado otimista das coisas. E eu sabia que as pessoas iam ficar preocupadas. Então, eu tentei segurar até onde deu”, falou o famoso.
Aos 46 anos, o ex-jogador ressaltou que, apesar da dificuldade de enfrentar o diagnóstico da doença, manteve o otimismo durante todo o processo, principalmente na frente da família.
“Eu estava forte, estava com a cabeça boa. Meu médico é um cara que tem esse otimismo que eu também sempre tive. O que te quebra é na hora que você recebe a notícia”, confessou.
Caio Ribeiro acrescentou: “Na hora que você fala para sua mãe, e a tua mãe sai correndo da sala para chorar escondida, na hora que a tua esposa começa a chorar na sua frente, na hora que você fica preocupado com o seu filho, aí é duro… É um soco na boca do estômago, cara”.
“Você fala: pô, eu, cara? Sempre fui saudável, sempre me cuidei, sempre fiz exame… Bem eu? Mas você tem duas reações: ou se afunda, ou você enfrenta. E eu falei: ‘Vamos enfrentar'”, declarou ele.
“Eu falei: cara, eu vou tirar de letra. Eu sou jovem, vai dar certo. E eu tentei passar esse otimismo para as pessoas que estão ao meu lado. E eu tinha muita preocupação com o meu filho, eu não queria que o João sofresse. O João tem 10 anos, vai fazer 11, ele é um menino muito sensível e eu sou muito companheiro dele”, comentou.
O famoso ainda disse: “Eu sou o pai que joga bola, que leva no treino, que busca no jogo, e aí, durante o tratamento, eu tinha que ficar mais quietinho em casa, por conta da imunidade. Então, a minha grande preocupação era não chatear as pessoas e tentar blindar um pouquinho, principalmente o meu filho”.
O comentarista da Globo destacou ainda que o primeiro impacto foi mais pesado, mas depois, com o diagnóstico completo ele mesmo acalmava todos.
“Eu falava: gente, eu estou bem. Eu falo para todo mundo, eu acho que o impacto da notícia é pior do que você conversar comigo e entender o nível de saúde que eu estava. Então, na hora que se fala em linfoma, na hora que se fala câncer, a palavra assusta”, completou.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]