No JN, Renata Vasconcellos deixa Bolsonaro em saia justa ao relembrar atitudes na pandemia

Renata Vasconcellos

Renata Vasconcellos deixa Bolsonaro em saia justa (Imagem: Reprodução – Globo / Montagem – RD1)

Renata Vasconcellos pressionou o presidente Jair Bolsonaro (PL), durante o Jornal Nacional, nesta segunda-feira (22), ao falar da pandemia da Covid-19.

A jornalista lembrou quando o político imitou um paciente com insuficiência respiratória e também resgatou a expressão que ele usou de quem tomasse a vacina poderia virar jacaré.

“Em um dos momentos mais dramáticos, o senhor imitou pacientes de Covid com falta de ar e, sobre mortes, o senhor disse: ‘e daí, não sou coveiro”‘, resgatou a âncora do JN.

Ainda no questionamento, a apresentadora disparou: “O senhor [ainda] estimulou o uso e utilizou dinheiro público para comprar medicamento comprovadamente ineficaz contra Covid, além de desestimular a vacinação. O senhor não teme ser responsabilizado, se não pelos eleitores, pela história?”.

“Olha, nós compramos mais de 500 milhões de doses de vacina. Só não se vacinou quem não quis. Foram compradas por mim em um tempo bem mais rápido que em outros países. Não poderia eu, no primeiro momento, dizer que devíamos assinar certos contratos, como, por exemplo, com a Pfizer dizendo que ela não garantia a entrega da vacina”, respondeu Bolsonaro.

O convidado ainda ressaltou que o erro foi um “trabalho forte da grande mídia, entre eles a Globo, de desestimular os médicos a fazerem o tratamento precoce”.

“O senhor não se arrepende do seu comportamento, das frases que fez, imitando pessoas com falta de ar como solidariedade com as famílias?”, perguntou a global. “Lamento a morte. Não tem quem não perdeu um parente, um amigo, lamento as mortes, agora não poderia ter tratado a Covid da forma como começou a ser tratada”, reagiu ele.

Renata Vasconcellos pressiona sobre polêmicas

A âncora do JN fez questão de lembrar ao público de quando Bolsonaro disse que quem tomasse a vacina poderia virar jacaré.

“Não houve expiação da minha parte. A Pfizer, no contrato, estava escrito: ‘Não nos responsabilizamos por qualquer efeito colateral’. A Pfizer não especificou quais seriam os possíveis efeitos colaterais. Eu usei a figura de linguagem ao falar do jacaré”, respondeu o político.

Renata rebateu: “Figura de linguagem? O senhor acha que é o caso de brincadeira?”. “Não é brincadeira, isso faz parte da literatura portuguesa”, comentou Bolsonaro.

 

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Luiz Fábio Almeida
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Luiz Fábio Almeida

Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]