Parte das comemorações pelos 70 anos da Record, Vidas em Jogo vai sair de cena assim como entrou: despercebida.
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A reprise da novela de Cristianne Fridman será encerrada no próximo dia 14 de abril, sexta-feira, a fim de a emissora colocar no ar a nova temporada de Reis (21h) e manter Jesus (21h50), que passam a fazer dobradinha a partir do dia 17.
Com os cortes, Vidas em Jogo chegará ao fim com pouco mais de 50 capítulos, ante quase 250 do original.
A medida se faz necessária porque a novela estrelada por Julianne Trevisol, Guilherme Berenguer e Thais Fersoza dispõe de apenas 3,4 pontos de média na Grande São Paulo, índice que a coloca atrás do Programa do Ratinho, do SBT. Um fracasso.
Ao anunciar a reprise do título, a Record vendeu a ideia como um “presente” ao público pelas suas sete décadas de existência, tal e qual ocorreu com A Lei e o Crime. Balela. O canal atravessa uma crise de audiência sem precedentes desde que foi adquirido pelo bispo Edir Macedo. O recurso é um misto de comodismo e contenção de despesas, uma vez que sacrificou um segundo horário de novelas inéditas.
Diferente do que prega, a Record esperava pelo menos 6 pontos com a volta de Vidas em Jogo, patamar suficiente para colocá-la na segunda colocação. Com metade da meta, o horário nobre naufragou, com a linha de shows quase nunca rompendo a barreira dos 3 pontos. Não foi uma boa ideia.
João Paulo Dell Santo consome TV e a leva a sério desde que se entende por gente. Em 2009 transformou esse prazer em ofício e o exerceu em alguns sites. No RD1, já foi colunista, editor-chefe, diretor de redação e desde 2015 voltou a chefiar a equipe. Pode ser encontrado nas redes sociais através do @jpdellsanto ou pelo email [email protected].