Em busca de dinheiro no caixa e disposta a acabar com o prejuízo anual por causa do Carnaval, a Globo decidiu por uma mudança drástica no plano de exibição do evento. A emissora tirou o Jornalismo do comando e deu o trabalho para o Esporte e o Entretenimento.
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Com supervisão de Boninho, a escolha foi vista como comercial. Com base nos princípios editoriais da Globo, jornalistas não podem protagonizar ações de merchandising dentro do canal. A presença deles limitava qualquer publicidade.
Nos últimos dois anos, também por causa da pandemia, o grupo teve prejuízo com as transmissões da festa. Apenas a Ambev adquiriu uma das cotas de patrocínio, em meio ao clima de preocupação envolvendo as escolas de samba.
Por contrato, a remuneração das agremiações passa pelo faturamento. Além da cota fixa, existe uma cláusula de bônus pagos pelo Plim Plim pela quantidade de arrecadação com as marcas parceiras, segundo a Folha de S. Paulo.
De olho no dinheiro, Globo muda o Carnaval 2024
Com isso em mente, a Globo tirou Maju Coutinho, Aline Midlej e Rodrigo Bocardi da apresentação dos desfiles do Rio de Janeiro e São Paulo, e manteve Alex Escobar pela sua ligação direta com o Esporte.
No setor, a propaganda é permitida mediante autorização. Na Marquês de Sapucaí, Karine Alves estará ao lado de Milton Cunha e Escobar.
Em São Paulo, a Globo não definiu ninguém oficialmente, mas ao menos dois nomes masculinos entraram em discussão: Everaldo Marques e Thiago Oliveira. Pelo lado feminino, ninguém foi especulado.
Para o ano que vem, a direção já colocou no mercado pelo menos quatro cotas de R$ 23,8 milhões cada. Em caso de venda total, a emissora líder de audiência arrecadará R$ 95,2 milhões.
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].