Os ânimos se exaltaram durante o depoimento do ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, nesta quarta-feira (12), na CPI da Covid. Num dos momentos, um barraco tomou conta da reunião, com direito a palavrão. A GloboNews estava transmitindo tudo ao vivo e foi pega de surpresa.
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Tudo aconteceu quando o senador Flavio Bolsonaro (Republicanos-RJ) chamou o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), de “vagabundo”. A declaração acabou gerando um bate-boca na comissão, que precisou ser suspensa.
O filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não é integrante da CPI, mas pediu a palavra. Ao mencionar o fato de Renan ter defendido a prisão de Fabio, Flavio declarou: “Imagina a situação: um cidadão honesto ser preso por um vagabundo como Renan Calheiros. Olha a desmoralização”.
O outro senador, então, afirmou que considerava o xingamento um “elogio” vindo de um parlamentar como Flavio. “Vagabundo é você, que roubou dinheiro de pessoal no seu gabinete“, afirmou Renan Calheiros. “Você que é”, emendou o político.
Na sequência, Flávio Bolsonaro disse que Renan quer “aparecer”, usar a CPI como “palanque” e usou um palavrão: “Vai se fod**”.
Omar Aziz (PSD-AM) pediu calma aos senadores e paralisou a sessão. “Estou tentando equilibradamente tentar conduzir as coisas e as agressões entre senadores, isso não vai levar a lugar nenhum”, disse o presidente da CPI.
Flavio Bolsonaro chamou Renan Calheiros de “vagabundo”, e finalizou com um “se foder”. vazou na Globonews e eu consegui capturar no YouTube.
fonte: https://t.co/WBk4yl125L pic.twitter.com/SpZP4X5IOD
— marcogomes (@marcogomes) May 12, 2021
Em outro momento do depoimento de hoje, o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) ironizou o apresentador Otávio Mesquita. Tudo aconteceu quando o relator Renan Calheiros (MDB-AL) perguntou a Fabio se a Secom (Secretaria de Comunicação) “promoveu alguma campanha a favor do distanciamento e do uso de máscara” durante o último ano. A resposta do ex-integrante do Governo Bolsonaro, então, foi que eles contrataram o apresentador do SBT.
Kajuru, então, afirmou para Fabio Wajngarten: “O senhor citou que celebridade é o Otávio Mesquita. Se Otávio Mesquita é celebridade no Brasil, eu quero me mudar para o Paraguai hoje”.
“Eu pergunto ao senhor, o senhor confirma que outros apresentadores chegaram a receber mais de R$ 900 mil para merchandising de 30 segundos defendendo o Governo?”, questionou o ex-apresentador.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]