Polêmica da gravidez de Klara Castanho aponta violência incondicional contra as mulheres

Klara Castanho

Polêmica da gravidez de Klara Castanho aponta violência incondicional contra as mulheres (Imagem: Reprodução / Instagram)

Rumores maldosos e sem nenhum consentimento da pessoa diretamente envolvida trouxeram à tona um trauma bastante pesado de Klara Castanho. A parcela negativa dessa repercussão só confirma que a mulher é violentada diariamente.

Em algumas oportunidades, Antonia Fontenelle demonstrou-se totalmente contra ao aborto e; de uma forma relativamente contraditória, foi uma das que expôs a atriz, pensando em soltar o nome e a acusando de ter cometido um crime, de abandono de incapaz e de desovar — nessas  palavras — a criança.

Muitos veículos de mídia abordaram o caso de uma forma não humanizada, sem pensar na dor de Klara ao reviver uma experiência traumática contra a sua vontade.

Voltando ao tópico anterior e deixando uma crítica mais aberta à sociedade, lembramos de uma comoção coletiva de gente criticando a garota de 11 anos que, recentemente, resolveu ir à justiça para abortar o bebê que, segundo ela, foi vítima de um estupro.

Vejamos… Se a mulher resolve poupar um futuro bebê de vir à vida por causa de um ato violento, é criticada. Se decide, mesmo assim, manter a gravidez e preservando a vida do infante, que irá para uma família com toda estrutura emocional para fornecer os cuidados, é criticada.

Em resumo, a mulher é constantemente violada, não importa o que decida. A mulher tem menos direito sobre seu corpo do que pessoas que nunca competiram à sua vida.

Críticas à Klara Castanho ferem direitos individuais

Falando mais diretamente sobre Klara Castanho, ela foi injustamente acusada de resolver a adoção de um jeito ilegal e irresponsável, quando foi justamente o contrário. Todo processo foi conduzido de maneira legal e catalogada.

Nem mesmo o seu direito ao “desapego” foi respeitado, já que informações de nascimento do bebê, que não são de utilidade pública, foram vazadas indevidamente.

O estupro é uma justificativa irrefutável para justificar o aborto, já que Klara não escolheu ser mãe, e não tinha nenhuma estrutura emocional e psicológica para isso. E vale lembrar que ser mãe não é só ter dinheiro, é muito mais do que isso.

Mesmo que não fosse o caso, se nada tivesse acontecido, ela também tem o direito de não querer ter filhos, algo que ainda é um grande tabu. E a famosa, diferente dos críticos ao aborto, não decidiu “matar” o que tinha no seu ventre, dando a uma família o que sempre desejou e está apto.

Confira:

Matheus Henrique Menezes
Escrito por

Matheus Henrique Menezes

Oficialmente redator desde 2017. Experiências como editor e social media. Já escrevi sobre famosos, TV, novelas, música, reality show, política e pauta LGBTQIA+. Vídeos complementares no YouTube, no canal Benzatheus.