Polliana Aleixo está em um momento muito especial da sua carreira. A atriz, que começou a trabalhar na Globo aos 11 anos, tem gravado várias produções para o streaming e até já faz planos pensando numa carreira internacional.
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Nos próximos meses, o público poderá ver a famosa em um papel especial na série El Presidente, que foi gravada no Uruguai. Em entrevista exclusiva ao RD1, Pollian lembrou dos quatro meses em que ficou focada no projeto e também detalhou sobre a personagem Victoria Havelange, um dos papéis centrais da próxima temporada da trama.
No papo, a artista também falou a respeito do filme de comédia A Sogra Perfeita, que vai estrear no dia 25 de novembro nos cinemas brasileiros, e o seriado The Journey, que é uma produção americana-brasileira.
Ou seja, Polliana Aleixo poderá ser vista em diferentes personagens nos próximos meses. E para a TV aberta, será que tem algo em vista? Segundo ela, que esteve recentemente em Gênesis, da Record, por enquanto não há nada confirmado.
Confira a entrevista na íntegra:
RD1 – Polliana, você gravou recentemente no Uruguai a série El Presidente. Como foi a experiência? Acredita que a série promete chamar a atenção dos brasileiros?
Polliana Aleixo – Foi tão intenso que sinto reverberar até hoje. Foram 4 meses imersos nesse projeto, pois estávamos todos no mesmo hotel, longe de nossas casas, famílias, amigos, parceiros, com o mesmo objetivo, que era realizar esse projeto, então foi intenso para todos. O Albano Jerónimo, que é nosso protagonista, foi pai no meio disso tudo, porque a mulher dele estava grávida e também foi para o Uruguai conosco, então foi realmente uma experiência completa! Acredito que vá gerar, no mínimo, curiosidade. Estaremos em ano de Copa, somos um país apaixonado pelo futebol e, modéstia à parte, somos bons nisso, então acho que tem tudo para ser promissor!
Na produção, você dá vida à personagem Victoria Havelange, um dos papéis centrais da próxima temporada. O que pode adiantar da personagem? Qual foi o maior desafio para o trabalho?
Foi um trabalho diferente e novo em muitos aspectos, desde o fato de ser uma história baseada em fatos reais, até a própria personagem em si. Ainda não posso adiantar tanto sobre os personagens e trama, mas foi um aprendizado gigantesco, poder contracenar diretamente com o Albano e a Maria Fernanda, ter tido todas as oportunidades que tive e ainda ser uma personagem com um arco longo, começando criança e indo até a fase adulta, foram nuanças gostosas e desafiadoras de trabalhar. Acho que talvez esse tenha sido um dos maiores desafios, construir ela de menina até a vida adulta, pois sou eu que faço ela do início ao fim.
Você também pode ser vista nos cinemas com o trabalho em A Sogra Perfeita, sentiu receio ou preocupação por fazer um trabalho de comédia? Como foi participar da produção?
Não, na verdade, a comédia tem sido generosa demais comigo. Não vejo necessidade em escolher um formato de trabalho, porque esse é, justamente, o diferencial profissão de atriz que mais gosto, é tudo fluido, tudo muda, tudo novo sempre. A comédia te ensina em lugares poderosos, te traz coragem para arriscar, aprender a se levar menos a sério é importante para a vida e para o trabalho, porque é um processo de experimentação sempre e a comédia dá bastante espaço para isso. São sets diferentes, mais leves para a nossa cabeça e corpo, pois tudo que fazemos em cena, passa por nós, pelo nosso corpo. Então, trabalhar com comédia é algo que considero quase terapêutico, a comédia é libertadora se você se abre para ela.
O filme, inclusive, deveria ter sido lançado no ano passado, mas, assim como muitas produções, os planos foram adiados por causa da pandemia. Como lidou com este período? E como tem sido trabalhar em meio a todos os cuidados contra a Covid-19?
Sim, fomos adiando até o momento que sentimos que era possível e seguro, desde o primeiro momento houve muito diálogo e estávamos todos de acordo em esperar, pois ninguém se sentia confortável em pedir para as pessoas saírem de casa. Passaram-se dois anos desde que gravamos e é difícil prever como vai ser a reação do público, confesso. Eu já assisti algumas vezes e não vejo a hora de ver a reação das pessoas, pois é minha primeira comédia e foi uma personagem que tive muito espaço para dar vida. Agora estamos cada vez mais perto da estreia, que será no dia 25/11, e tá batendo uma ansiedade maior!
Em breve você também vai aparecer em The Journey, que é uma produção americana-brasileira. O que pode adiantar sobre este trabalho? Precisou gravar em inglês?
Foi tudo gravado em double shotting, como chamamos, que é quando gravamos em inglês e português, take por take. Esse trabalho me empoderou de muitas formas, às vezes a gente não faz ideia do que é capaz até precisar fazer e foi assim que realizei esse trabalho. Foi uma dessas coisas que você olha no final e pensa: missão cumprida! Foi muito gratificante, um aprendizado gigantesco. Hoje, olhando para trás e minha trajetória, é cósmica a sincronicidade de cada trabalho, como se estivesse sempre me preparando para o que vem em seguida.
Falando sobre isso, pensa em investir em carreira internacional?
Eu sou do tipo que primeiro faz, depois pensa, rs. Eu sempre flertei com essa ideia, hoje consigo ver como algo mais palpável, mais possível, mas não penso em fazer uma escolha, quero ter oportunidade de exercer meu trabalho no Brasil e, tendo a oportunidade, fora dele. Acredito que é algo que ainda está em construção dentro de mim.
Tem algum tipo de trabalho que ainda não fez, mas tem vontade?
Nossa, muitos! Eu tenho só 25 anos, tem tanta coisa que ainda quero fazer. Tenho muita vontade de fazer uma personagem envolvida em uma trama criminal, meio policial, sabe? É um gênero que consumo bastante, então adoraria fazer. E muitas outras coisas, quero esticar ao máximo as possibilidades dentro da minha profissão.
Recentemente, você esteve no ar em uma das fases de Gênesis e protagonizou um dos momentos mais polêmicos da trama. A sua personagem engravidou do pai. Sentiu dificuldade em gravar essa passagem da história? Costuma refletir sobre situações vividas por suas personagens?
Acho que o papel da arte é justamente esse, nos fazer refletir. Para construir uma personagem, é preciso compreendê-la. Para dar vida, é preciso entender as motivações, a trajetória que trouxe a personagem até ali, e sem julgar, pois isso limita nas respostas. Para a Paltith, foi importante entender o contexto histórico, era uma época pré-moral e existia uma motivação maior que ela mesma, que era sobrevivência. Acho riquíssimo refletir sobre cada personagem, é um exercício que levo para a vida, não preciso concordar, mas preciso me esforçar para entender.
A respeito de trabalhos na TV aberta, já tem uma nova produção acertada? Pode adiantar seus projetos para o futuro?
Para produção aberta não tenho o que adiantar, mas para streaming, bastante. Estou, no momento, gravando um longa para streaming e já tem alguns lançamentos para o ano que vem. Também começamos a ver os projetos saindo no ano que vem. Eu gosto de fluir com a vida, acompanhar o movimento que chega até mim. Sou atenta. Comecei com 11 anos na Rede Globo e até dois anos atrás ainda estava fazendo novela. Com o crescimento do streaming, só aumenta o leque de opções e possibilidades de trabalho. Não acho que devo escolher entre uma coisa ou outra, vou para onde meu instinto me mandar.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]