No ano em que completa 20 anos ininterruptos nas noites de sábado da Globo, o Altas Horas é uma lição de casa a ser feita pela concorrência. Desde que estreou, a atração de Serginho Groisman já viu passar vários formatos na concorrência – e segue firme e forte na liderança e sendo uma opção saudável aos sábados.
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A coluna não quer defender a Globo e seus programas, mas é de se estranhar o fato de que, em duas décadas, SBT, Record, Band ou RedeTV! não conseguiram fazer o arroz com feijão que se vê sempre após o Zorra. A receita bebe do extinto Programa Livre, que ironicamente era no SBT. Na Globo, foi lapidado ao longo do tempo.
Serginho Groisman tem o dom de abrir espaço para muitos, traz coisas novas, pautas importantes, e o melhor: coloca o jovem na plateia, o deixa falar, dá a experiência de participação tal como era no SBT nos anos 1990. O jovem, aquele que tanto querem fazer se interessar por TV hoje em dia. E qual a dificuldade em fazer isso?
Nos últimos 20 anos, a Record tentou de tudo. Mais recentemente, Legendários, de Marcos Mion, e depois Programa da Sabrina, com Sabrina Sato, patinaram no mesmo dia e horário até sair do ar. Agora, recorre a reprise de novelas e maratona de séries enlatadas. E depois não sabe como ganhar da eterna inimiga carioca.
O SBT, hoje, é o que vem melhor das pernas. Fábrica de Casamentos, Esquadrão da Moda e Bake Off Brasil são formatos que, ainda que vindos de fora, têm se saído melhor do que o extinto Sabadão e o fracassado retorno do Viva a Noite. Mas formatos saturam. Até quando que o público vai dar audiência para isso?
No Morumbi, desespero: de Goulart de Andrade a enlatados, passando por Datena pescando em No Coração do Brasil e o período da argentina Cuatro Cabezas, já se teve de tudo. Hoje, numa ânsia de voltar a ser melhor, o canal pode, quem sabe, criar algo diferente para marcar o dia da semana, que tem passado batido para o público.
Em Osasco, a RedeTV! segue na zona de conforto com Mega Senha, João Kléber e reprise do Encrenca. Nada novo sob o sol e nenhuma vontade de fazer diferente em uma emissora que, da noite de sexta-feira até o início da noite de segunda-feira, passa o cadeado na porta da redação de jornalismo.
Agora, vejamos: formato de arena, com quatro lances de altura na arquibancada. Caravanas de universidades, quatro ou cinco convidados, duas atrações musicais, debate de temas do cotidiano. É realmente difícil fazer algo do tipo ou melhor? É triste não ver mais a competição que se tinha na TV até, pelo menos, o fim da década de 1990. E depois reclamam que só a Globo consegue a liderança…
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