No ar no Viva, na reprise de Alma Gêmea, Priscila Fantin contou que viu o primeiro episódio da reexibição da trama que interpretou a protagonista Serena.
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“Eu e o Bruno (esposo da atriz) assistimos o primeiro capítulo juntos, e eu lembro do cheiro do cenário, dos meus momentos de concentração antes de entrar em cena, são muitas lembranças, todas muito vivas em mim, boas, intensas”, disse a artista, em conversa com a Quem.
“A Serena foi uma personagem especial para mim porque eu acreditava nas palavras dela, na forma como enxergava a vida, como encarava as relações pessoais, as relações além da matéria. Todo o contato que tive com a natureza nas gravações dos primeiros capítulos, antes de ela chegar em São Paulo, foi muito bonito, muito forte. A Serena potencializou muitas coisas que eu acredito”, contou.
Apesar de ter assistido o primeiro episódio da novela, a famosa contou que não curte fazer isso.
“Não costumo assistir, nem enquanto estou fazendo, justamente por ser muito autocrítica. Acho que era mais crítica na época em que gravava mais, eu era muito crua, fazia na intuição, não tinha noção da repercussão de uma novela, não fui uma criança e adolescente que consumiu TV, era um universo distante para mim”, admitiu.
“Depois fui estudar técnicas, entender as metodologias de interpretação, daí deixei de ser só intuitiva e passei a construir com mais domínio. Hoje eu sei exatamente o que estou fazendo. Mas vejo trechos dos trabalhos antigos e adoro ver a minha evolução, como eu me jogava”, completou.
Priscila Fantin fala sobre depressão
Na conversa com a publicação, a atriz ainda recordou de uma fase complicada que enfrentou em 2008.
“Foi um momento muito difícil. Quando pessoalmente a gente não está bem, isso resvala em todas as outras esferas da vida. Profissionalmente, precisei parar para entender tudo o que estava acontecendo comigo, porque eu não tinha parâmetros ou conhecimento sobre a depressão. Eu só sentia que estava com algum problema porque não via sentido nas coisas”, lembrou.
“Estava vivendo de forma automática, as coisas não tinham cheiro, cores, sabores, eu não sentia nenhuma emoção, tristeza, alegria, raiva, nada. Esse estado me deixava preocupada, angustiada, era uma dor no coração e cabeça confusa. O estado que eu estava, que quando a depressão foi diagnosticada era crônica e aguda, já não tinha como ter correlações”, relatou.
“Foi um período em que precisei olhar para mim, para dentro, me conectar comigo mesma, procurar minha essência, me conhecer, o que eu desejava pra mim, quais caminhos eu desejava seguir”, explicou Fantin.
O recomeço
“Precisei fazer um grande balanço, reorganizar tudo internamente. Em 2008, quando entendi que algo estava errado, eu estava há praticamente dez anos na TV e como eu não almejava esse lugar de destaque, não sabia muito bem lidar com o que vinha com isso, a fama, as pessoas, ser muito requisitada, ter que atender muitas frentes, estar em programas, capas de revistas, publicidade, tudo isso me confundia muito”, contou.
“Eu fui fazendo, atendendo a demanda sem parar para analisar, eu me distanciei dos meus propósitos, então precisei parar”, declarou a atriz, que concluiu:
“Foi difícil porque quando a gente entra em contato com a possibilidade do autoconhecimento, com a busca do amor próprio, da nossa consciência de mundo, é um processo difícil, longo, que dói, que exige uma paciência que a gente, quando é jovem, não tem. Mas foi um período extremamente necessário”.
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