Criado em 2009 pelo governo federal, o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que foi responsável por permitir o financiamento de aviões da Embraer a taxas de juros baixos, não trouxe bons resultados para a economia do Brasil, e pode até ter agravado ainda mais a situação. Pelo menos foi isso que constatou o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em estudo concluído no ano passado. A informação é do UOL.
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O programa ganhou notoriedade após o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ter tornado pública a lista dos 134 compradores de jatos executivos, entre os quais nomes famosos, como o atual governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o apresentador Luciano Huck, a dupla Victor e Leo e a cantora Claudia Leitte.
Os dados consolidados revelaram que, de 2009 a 2014, o BNDES financiou as 134 aeronaves da Embraer a partir com os empréstimos de R$ 1,9 bilhão. As taxas utilizadas para os financiamentos contaram com juros fixos de 2,5% a 8,7% ao ano, números menores aos do mercado. Para tal, o governo arcava com a diferença.
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No ano seguinte que o programa foi lançado, o Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB) cresceu 7,53%, com forte alta na taxa de investimento, o que criou uma expectativa de sucesso do projeto. “Isso ajudou na manutenção e expansão do PSI nos anos seguintes”, afirma o estudo do Ipea.
Entretanto, o Instituto pondera que aumento da taxa de investimento não pode ser atribuído exclusivamente ao PSI, pois o crescimento poderia ocorrer de forma natural. O levantamento mostra ainda que outros países sofreram situações semelhantes à do Brasil no mesmo período.
Em contrapartida, o Brasil entrou em uma crise econômica e política desde 2014, o que teve a queda nos investimentos e o PSI pode ter ajudado com a baixa. O investimento foi encerrado pelo governo federal no final de 2015.
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Em nota, o BNDES justificou que o financiamento de aviões da Embraer por meio do PSI teve um custo estimado em R$ 693 milhões para o Tesouro Nacional (valores corrigidos) por causa dos subsídios.
