Raul Gazolla fez uma participação especial em Como Se Torna o Pior Aluno da Escola (2017), novo alvo dos bolsonaristas. Ele diz que recebeu mensagens de amigos em grupos de WhatsApp reclamando que o filme promove pedofilia.
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O ator não só discorda como afirma que a obra é uma ficção. “Do meu ponto de vista, a cena não é uma incitação à pedofilia, mas um alerta aos jovens de que, se eles não estiverem atentos, podem cruzar com um pedófilo e acabar em uma situação sem saída”, explana em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.
Em sua opinião, é uma bobagem a tentativa do Governo Bolsonaro de tentar censurar o longa. “Sou totalmente contra”, frisa ele, que completa: “Posso garantir uma coisa para você, não sou petista, sou contra a corrupção”.
Raul Gazolla evita política, mas divide Gentili e Porchat
Gazolla reage e manifesta o seu desejo de se manifestar apenas como artista para “não entrar na política”, mas volta na decisão e argumenta “saber que Gentili é de direita” e que as pessoas não estão bravas com ele, mas com Porchat, que é alvo de “uma rejeição do pessoal da direita”.
O ator aponta que “talvez alguns, por não gostarem da posição [política] dele, estejam confundindo o ator com a cena que ele fez”. Raul Gazolla defende:
“O que está havendo é uma politização em cima dessa cena para se aproveitarem de alguma coisa. E aí muda tudo, não tem nada a ver com o filme”.
Ao mesmo tempo, o ex-global assume sua simpatia por Mario Frias. “Não acompanho o que ele faz na Cultura, mas não estou aqui para criticar. É muito difícil você julgar alguém que está lá dentro [do governo]”, surpreende.
No longa, Porchat interpreta o personagem Cristiano, vilão que está envolvido na cena criticada por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) nos últimos dias.
