Raymundo de Souza foi confirmado no elenco de Nos Tempos do Imperador, próxima novela inédita das 18h da Globo. Antes disso, o ator enfrentou um acidente de moto, 65 cirurgias e oito meses de internação.
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“Eu só tenho essa profissão na minha vida, desde 1978. Nunca fiquei tanto tempo afastado daquilo que amo fazer: representar”, desabafou em entrevista à coluna da jornalista Patricia Kogut, do jornal O Globo. “Ainda estou com pinos nas pernas, mas foi muito emocionante ver como as pessoas me receberam, ver os cuidados dos colegas, da produção”, disse.
Na trama, o ator de 68 anos será o diretor de uma universidade de medicina. “Foi muito legal fazer esse papel numa história de época. Gravamos em 2020, antes de a pandemia começar. Também fiz o filme Flor da Gigoia, com Babu Santana. Quando as pessoas acreditam no nosso trabalho, mesmo machucados e feridos, encontramos maneiras”, refletiu.
Raymundo de Souza sofreu um acidente de moto em abril de 2018 e quebrou a perna. O que era para ser uma cirurgia e uma rápida recuperação se tornou em uma verdadeira saga. “Cheguei ao hospital numa terça e marcaram de me operar no sábado. Não era para ter acontecido desta maneira, e a minha perna necrosou, tive uma infecção hospitalar no osso”, revelou.
“Tiveram que tirar 80% da minha pele entre o tornozelo e o joelho. Adiante, tive que passar por procedimentos para colocar pinos, depois cirurgias para colocar enxertos… Ao todo, já foram 65 cirurgias. Fiz a última há 15 dias”, contou o famoso. “As pessoas estão há um ano em casa por conta da pandemia, mas eu vivi isso antes: fiquei oito meses num hospital sem ver a luz do sol”, completou.
“Os médicos dizem que as pessoas, por muito menos, deprimem-se. Coisa pior podia ter acontecido: na infecção, por exemplo, a bactéria podia ter ido para o sangue. E não aconteceu. Eu me sinto um vencedor por ter conseguido passar por isso”, emocionou Souza.
“Foram muitas idas ao hospital, muitos procedimentos. Ficam até alguns traumas. Agora, uma das sequelas é que tenho a perna direita menor do que a esquerda em três centímetros”, relatou o artista.
