A Record foi condenada ao pagamento de R$ 30 mil a um médico alvo de uma reportagem polêmica no Balanço Geral SP, em outubro do ano passado. O programa colocou o profissional da saúde como assediador de uma paciente.
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Mais do que a revelação da história, a atração comandada por Reinaldo Gottino exibiu foto, nome e endereço de trabalho dele e cravou que o médico teria assediado a mulher sexualmente.
No processo judicial aberto contra a Record, de acordo com o UOL, a vítima alertou que foi “acusado, julgado e condenado” pelo canal, mas nunca foi indiciado ou denunciado de verdade pela polícia e que muito menos teve comportamento inadequado com nenhum paciente.
Record tenta se defender no processo, mas em vão
O canal vice-líder de audiência pontuou em sua defesa que fez a devida apuração dos fatos, sem sensacionalismo ou manipulação e ressaltou que a reportagem foi realizada a partir de um boletim de ocorrência feito por uma paciente.
A Record, que recentemente sofreu uma condenação por conta de uma matéria no Cidade Alerta, frisou que obteve áudios nos quais o médico pede desculpas à paciente e que se limitou a reproduzir as informações obtidas, sem juízo de valor.
Ainda de acordo com a reportagem, na sentença, o juiz Domingos Parra Neto entendeu que houve excesso na reportagem e um abuso no direito da informação. Ainda assim, por ser em primeira instância, o canal pode recorrer da decisão.
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].