Record e Globo adotam posturas diferentes com formatos importados
Xuxa Meneghel à frente do Dancing Brasil; Fausto Silva no Domingão do Faustão; Record e Globo divergem sobre formatos importados (Imagens: Divulgação / Record – Globo)
O ano de 2019 chegou ao fim, levando com ele nomes de expressão no cenário artístico. Dentre estes, Gugu Liberato, que estava no ar com Canta Comigo, talent-show exibido pela Record. Gugu era expoente de uma nova política da emissora com relação aos grandes nomes do seu elenco e formatos adquiridos de fora. Política esta que difere da Globo.
VEJA ESSA
A “vênus platinada” tem como preferência colocar programas internacionais dentro de títulos já existentes na emissora. O Domingão do Faustão, por exemplo, exibe neste primeiro semestre o Show dos Famosos; no segundo, provavelmente, a Dança dos Famosos. Tais formatos são transmitidos em outros países como atrações solos.
A Record segue o modelo internacional, utilizando apresentadores de prestígio para comandar esses programas – exibidos sempre de forma autônoma. Xuxa Meneghel deve estar à frente do The Four Brasil e, posteriormente, do Dancing Brasil (versão nacional do clássico Dancing with the Stars).
Já Gugu respondia, além do Canta Comigo, pelo Power Couple Brasil. Assim como Xuxa, a Record o tirou de um programa próprio, oferecendo os formatos importados. O mesmo se deu com Marcos Mion, responsável por A Fazenda. Agora, resta a definição sobre os substitutos de Liberato nestas atrações, caso não sejam descontinuadas.
As diferentes estratégias adotadas pelas emissoras têm explicação. A Globo tem uma grade consolidada e entende que os programas de entretenimento necessitam da mesma consolidação. Além de trazer público, as produções de fora são feitas de maneira econômica, pois entram no orçamento da atração daqui.
A postura da Record é diferente, porque sua grade tem problemas de audiência e poucos programas de entretenimento estão em boa situação na emissora – um dos mais bem-sucedidos, Hora do Faro, está vivendo seus piores momentos em relação aos números. Por isso, a direção aposta em formatos internacionais como atrações solos.
João Paulo Dell Santo consome TV e a leva a sério desde que se entende por gente. Em 2009 transformou esse prazer em ofício e o exerceu em alguns sites. No RD1, já foi colunista, editor-chefe, diretor de redação e desde 2015 voltou a chefiar a equipe. Pode ser encontrado nas redes sociais através do @jpdellsanto ou pelo email [email protected].
