O brutal assassinato de João Alberto Silveira Freitas, homem negro espancado e asfixiado por seguranças brancos de um supermercado da rede Carrefour em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, causou a indignação de Regina Casé e de seu filho Roque. A atriz e apresentadora publicou, em suas redes sociais, um registro do menino de apenas sete anos inconformado com episódios de racismo.
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Regina confidenciou que, dias antes, deu bom dia ao filho e ele lhe contou que havia chorado em uma aula sobre escravidão. “Ele teve uma aula sobre racismo – o que eu acho até uma maravilha que uma escola particular, onde a maioria absoluta dos alunos é de brancos, tenha tido o cuidado de ter essa aula, que foi inclusive muito bem dada, nessa semana. Mas o Roque é preto“, relatou Casé.
“Então isso bateu nele de uma maneira completamente diferente das outras pessoas“, completou ela. Roque então contou que os amigos ficaram bem impressionados com sua reação. “Eu achei que não podia tratar os negros daquela forma. Eles achavam que eles [brancos] eram melhores do que os negros. Isso não pode fazer“, afirmou o menino.
Regina Casé contou que busca evitar a exposição do filho às cenas chocantes de racismo, como o caso George Floyd – assassinado por um policial que o asfixiou ao pressionar o joelho contra seu pescoço, em maio último, em Minneapolis, estado de Minnesota, Estados Unidos. Ainda assim, Roque tem consciência de casos do tipo, chegando à conclusão exposta no vídeo publicado por Regina.
“Hoje em dia ainda acontece isso, só que de uma outra forma, mais triste ainda“, lamentou o garoto. Casé chorou com o posicionamento do filho. “Que a sociedade entenda que ninguém aguenta mais assistir as barbaridades como esse vídeo que a gente tá vendo hoje“, pediu ela. “Antes era escravidão, agora é racismo“, concluiu ele, apoiado pela mãe.
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