Um repórter da CNN Brasil foi alvo de racismo no Clube Pinheiros, em São Paulo, neste final de semana e o canal de notícias tomou uma atitude. Neste domingo (21), Jairo Nascimento disse que chegou ao local e diretores do clube desconfiaram do viés do conteúdo ao perceberem que ele era negro.
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Acompanhado de outros profissionais, ao chegar ao local, o jornalista foi recebido pela diretora-adjunta de comunicação do clube, Ana Paula Adamy, que perguntou quem era o repórter encarregado e duvidou da resposta quando a ouviu.
Ele ressaltou que ela e outro diretor identificado como Fábio também questionaram a isenção da reportagem da CNN Brasil, temendo que fosse caracterizada como tendenciosa. A empresa decidiu cancelar a matéria.
O canal de notícias faria uma reportagem sobre a situação de atletas olímpicos na pandemia. O conteúdo, porém, mudou para os casos de discriminação que já aconteceram no local.
A CNN ressaltou que, de acordo com o regimento interno da instituição, o clube não cede espaço interno aos sócios para manifestações de caráter político, religioso, racial e classe.
No entanto, a reportagem mostrou que várias acusações antigas de discriminação já ocorreram nas dependências do local, como o caso do medalhista de ouro na Copa do Mundo de Ginástica Artística Ângelo Assumpção, vítima de racismo pelos colegas.
Os agressores foram suspensos pela Confederação Brasileira de Ginástica e depois se desculparam. Apesar disso, Assumpção foi demitido do Pinheiros em 2020.
O presidente do Pinheiros, Ivan Castaldi Filho, negou as discriminações e garantiu que a equipe de diretores do clube trabalha para que todos tenham o mesmo tratamento. “Apuramos todas as denúncias que recebemos e corrigimos na hora qualquer desvio de conduta”, afirmou.
“A equipe de diretores do clube, especialmente os times de Governança e Comunicação, trabalham todos os dias para assegurar que no Pinheiros todas as pessoas tenham o mesmo tratamento, o mesmo cuidado e as mesmas oportunidades”, completou.
