Reprise de Totalmente Demais conquista mais audiência que exibição original e autores explicam sucesso
Autores de Totalmente Demais, Rosane Svartman e Paulo Halm falam sobre sucesso da reprise da novela (Imagem: João Cotta / Globo)
Com uma média de 30 pontos, a reprise de Totalmente Demais chegou ao fim nesta sexta-feira (9) com um feito inédito. A novela que acompanha a aspirante a modelo Eliza (Marina Ruy Barbosa) apresentou um desempenho de audiência maior do que a exibição original, entre 2015 e 2016, quando alcançou média de 27 pontos.
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Em entrevista para a coluna de Maurício Stycer, do UOL, os autores da trama Rosane Svartman e Paulo Halm revelaram acreditar que a novela foi um alívio, em meio aos tempos difíceis, devido a pandemia do coronavírus, que estamos enfrentando.
“A novela tinha, já na época, essa característica de servir como um alívio para o período que o Brasil estava vivendo, muito tumultuado. Eu acho que agora, (repete-se) essa sensação de alívio, essa sensação de a novela ser um oásis no meio de tanta notícia ruim, tanto acontecimento desagradável, de tanta falta de esperança e perspectiva“, analisou Halm.
Outro fator apontado foi a legião de fãs que o enredo criou. Nas redes sociais, torcidas para saber quem a mocinha deveria ficar no final – Arthur (Fabio Assunção) ou Jonatas (Felipe Simas) – movimentaram novamente os telespectadores. “É engajamento. São pessoas apaixonadas pela trama“, apontou Rosane, orgulhosa.
A dupla de novelistas também contou como chegou à conclusão de que a modelo ficaria com Jonatas. “O final foi unânime. Isso é importante dizer. É claro que quando está fazendo, você escreve os dois para ganhar. Mas quando chegou na reta final, o final que a gente escreveu está escrito. Não tem final alternativo. Mas é claro que a gente discutia, torcia“, confessou Rosane.
Eles também destacaram o sucesso de outras tramas que ajudaram no êxito de Totalmente Demais, como a homofobia sofrida por Max (Pablo Sanábio), o racismo enfrentado por Adele (Jéssica Ellen), e Wesley (Juan Paiva), que fica paraplégico após sofrer um acidente.
“Agora, acompanhando a novela nas redes sociais, você vê que tem público para todos os personagens. Tem gente torcendo para Cassandra, Sofia, Gilda… O Max, por exemplo, é um personagem que cresceu porque teve uma repercussão incrível junto ao público. A gente sentiu que ele era amado. Cassandra era amada. A história do Wesley. A história da Lili“, revelou ela.
Halm ainda destacou: “A intenção era uma coisa meio cômica e achei completamente dramática revendo. Ficou uma coisa patética, mas violenta e muito em sintonia com esse Brasil que estamos vivendo, totalmente virado pelo avesso. E o que parecia para a gente como um exagero, vai ser quase que um retrato realista de um determinado tipo de comportamento muito comum na nossa sociedade, que a gente achava que era quase no limite. Agora é quase uma banalidade, uma banalidade do mal“.
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