Atualizado em 15/08 às 14h50
Um fato inusitado chamou a atenção de internautas e noveleiros no último final de semana. Diversos vídeos postados no site YouTube com trechos da segunda versão do folhetim “Éramos Seis” apareceram bloqueados para visualização, devido a uma reivindicação de direitos autorais.
Até aí, nada de especial, não fosse o “pequeno detalhe” de que o portal atribui a requisição não ao SBT, que produziu e veiculou o remake da trama em 1994, mas às Organizações Globo, atual detentora dos direitos sobre a obra.
Conforme já noticiado pelo RD1, o grupo da família Marinho adquiriu em 2010 os direitos de reprodução do livro original de Maria José Dupré, a pedido do autor Silvio de Abreu. À época, ele, autor da primeira adaptação da obra para a TV, em 1977, teria manifestado à emissora o desejo de assinar uma nova versão da história de Dona Lola (Nicette Bruno/Irene Ravache) e Júlio (Gianfrancesco Guarnieri/Othon Bastos).
Em julho deste ano, Abreu reafirmou a existência do projeto durante entrevista ao programa especial “Donos da História”, do canal pago Viva. Seria o bloqueio aos vídeos um indicativo de que esse remake finalmente sairia do papel?
Cabe ressaltar que o veto da Globo ao remake de “Éramos Seis” no YouTube se aplica apenas a algumas cenas pontuais e capítulos postados a partir de gravação do SBT, sem estender-se, ao menos por enquanto, a capítulos inteiros da trama que foram disponibilizados a partir da exibição do folhetim em Portugal, pelo canal RTP.
Procurada pelo RD1, a assessoria de comunicação do SBT informou o seguinte: “O SBT nunca publicou o conteúdo de ‘Éramos Seis’ no YouTube. Talvez possa ter ocorrido algum conflito na reivindicação de direitos na plataforma pontualmente”.